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"Não vale aprovar medidas só porque o desespero eleitoral aperta"

O Aliança criticou o "desespero eleitoral" que levou os partidos a aprovar a recuperação integral do tempo de serviço congelado aos professores, esquecendo a responsabilidade de acrescer 800 milhões de euros à despesa do Estado.

"Não vale aprovar medidas só porque o desespero eleitoral aperta"
Notícias ao Minuto

06:29 - 03/05/19 por Lusa

Política Aliança

Em comunicado enviado à agência Lusa, a comissão executiva do partido liderado por Pedro Santana Lopes lamentou o que se passou na quinta-feira na comissão parlamentar de Educação e Ciência, onde "a Direita casou com a extrema-esquerda".

Em causa está a aprovação da recuperação dos nove anos, quatro meses e 18 dias de serviço congelado aos professores, que contou apenas com os votos contra do PS.

"Como fica demonstrado, em tempo de eleições vale tudo. Os partidos esquecem a responsabilidade e, em desespero, pensam apenas em votos", afirma a comissão executiva da Aliança, criticando a forma como foi aprovada esta mudança.

O Aliança questiona "a responsabilidade subjacente a um acréscimo de 800 milhões de euros à despesa do Estado e à inexistência de qualquer plano de pagamento deste montante", defendendo que "em política não vale tudo".

"Não vale aprovar medidas só porque o desespero eleitoral aperta, a pouco mais de três semanas de os portugueses serem chamados às urnas, para que o próximo que vier fique com o problema em mãos", adianta, referindo-se à proximidade das eleições europeias.

As críticas também se estendem ao Governo, liderado pelo socialista António Costa, que acusa de "irresponsável" e de ter agido mal ao ter feito promessas que "sabia não poder cumprir".

A recuperação do tempo integral de serviço congelado vem sendo reivindicado há mais de um ano pelos professores, tendo levado a um longo processo negocial que terminou no início deste ano com a aprovação de um diploma que previa a recuperação de menos de três anos de serviço.

O diploma foi esta quinta-feira alvo de alterações por parte dos deputados do PCP, Bloco de Esquerda, CDS-PP e PSD.

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