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PS considera que Maduro "deve sair já de cena" e evitar graves confrontos

O PS considerou hoje que o regime venezuelano atingiu já há bastante tempo uma situação de não retorno à normalidade e que o Presidente Nicolás Maduro deve sair já de cena, evitando confrontos de graves proporções.

PS considera que Maduro "deve sair já de cena" e evitar graves confrontos
Notícias ao Minuto

20:09 - 30/04/19 por Lusa

Política Venezuela

Estas posições foram transmitidas aos jornalistas pelo deputado socialista Paulo Pisco, na Assembleia da República, numa declaração em que também elogiou a ação do Governo junto da comunidade portuguesa.

"A situação na Venezuela tem vindo a agravar-se há já bastante tempo, sem retorno. A autoproclamação de Juan Guaidó como presidente interino da Venezuela, com um mandato de preparar eleições livres, justas e transparentes - como foi reconhecido pelo Governo português e pela União Europeia - é a única forma de evitar um confronto", defendeu.

Paulo Pisco referiu-se depois aos mais recentes desenvolvimentos em curso nas principais cidades venezuelanas, com a tentativa de derrube do regime de Nicolas Maduro.

"Perante este episódio que está a desenrolar-se e a ganhar dimensão desde o início da manhã na Venezuela, antecipando a concentração que tinha sido pedida por Juan Guaidó, a única coisa que parece viável é que, sendo Nicolás Maduro conhecido por resistir até aos limites, esperamos que agora não faça , tendo o bom senso de reconhecer que esta situação atingiu o ponto de não retorno. Deve sair de cena para evitar confrontos que possam ter uma proporção dramática", frisou o deputado do PS.

Segundo Paulo Pisco, o Governo "tem acompanhado sempre e em diversas dimensões a situação dos portugueses que estão na Venezuela ou que regressam a Portugal", destacando, entre outros domínios, o auxílio em termos de apoio médico.

"Tudo o que é possível, tem sido feito. Porém, dada a situação dramática do ponto de vista humanitário, há sempre grandes dificuldades em fazer mais do que, eventualmente, se pretende. Mas o Governo tem dado a resposta à altura das necessidades da nossa comunidade", defendeu.

Manifestantes anti-Governo envolveram-se hoje em confrontos com os militares leais ao Presidente venezuelano, Nicolás Maduro, numa base aérea de Caracas, horas após o apelo do líder da oposição, Juan Guaidó, para uma sublevação militar contra o regime.

Imagens transmitidas por estações televisivas locais e estrangeiras mostraram um veículo blindado a avançar sobre um grupo de pessoas que se manifestava em apoio aos militares sublevados contra Maduro na capital, em frente a La Carlota, a base aérea perto da qual Guaidó anunciou de manhã a adesão de militares à sua causa.

Naquele que já é considerado o maior desafio ao poder do regime de Caracas, o líder da oposição saiu hoje de manhã à rua com o recém-libertado ativista Leopoldo López, acompanhado por um pequeno contingente de soldados fortemente armados, e divulgou um vídeo de três minutos, filmado perto da base aérea, emitindo um apelo aos civis e às Forças Armadas para se revoltarem e deporem o dirigente socialista Nicolás Maduro.

Em Macau, onde se encontra a acompanhar a visita de Estado à China do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, afirmou que não há portugueses com a sua segurança em perigo na Venezuela, segundo as últimas informações que recebeu da Embaixada de Portugal em Caracas.

"Quero dar conta das últimas informações que recebi da nossa embaixada em Caracas. Este é o momento é o princípio da tarde na Venezuela e, começando pelas boas notícias, nós não temos informação nenhuma relativa a qualquer português ou portuguesa que tenha sido vítima de qualquer ato que pusesse em perigo a sua segurança", declarou.

Augusto Santos Silva referiu também que "os estabelecimentos portugueses estão fechados e o Centro Português de Caracas também se encontra encerrado, mas em segurança".

"E, da consulta que foi feita, através da rede dos nossos conselhos das comunidades e de outros contactos na comunidade, resulta a ideia de que, felizmente, não temos nenhum concidadão ou concidadã que tenha a sua situação de segurança em questão", acrescentou.

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