Os partidos de esquerda, em que se incluem os comunistas espanhóis, "alcançam um resultado que lhe permite pensar na concretização de uma política que corresponda a uma efetiva mudança" em Espanha, afirma o PCP, em comunicado.
Os comunistas reconhecem, no texto, que a "coligação eleitoral Unidos Podemos, promovida pela Esquerda Unida -- que integra o Partido Comunista de Espanha --, o Podemos e diversas forças políticas em várias regiões de Espanha" viu "reduzida a votação do conjunto das forças que a compõem".
No mesmo comunicado, o PCP "expressa a sua solidariedade aos comunistas, aos trabalhadores e aos povos de Espanha" e confia que "conquistarão o caminho que dê uma efetiva resposta aos seus interesses e legítimas aspirações".
Os comunistas portugueses não qualificam os resultados do PSOE, afirmando apenas que, "embora aumentando a sua votação, fica significativamente aquém da maioria absoluta".
Assinalam, contudo, que as "forças de direita e da extrema-direita franquista assumida (PP, Ciudadanos e Vox), tendo-se apresentado de forma fragmentada, não conseguem alcançar a maioria no parlamento, mesmo aglutinadas".
Nas eleições gerais realizadas no domingo o PSOE elegeu 123 deputados (28,68% dos votos), o PP 66 (16,70%), o Cidadãos (direita liberal) 57 (15,86%), o Unidas Podemos (extrema-esquerda) 42 (14,31%) e o Vox 24 (10,26%).
A futura composição da câmara baixa das Cortes Gerais espanhola está assim repartida por estes cinco partidos e por outros regionais mais pequenos, como os separatistas catalães e os nacionalistas bascos.
Como partido mais votado, o PSOE vai tentar encontrar o apoio de outros para tentar alcançar uma maioria absoluta de 175 mais um num total de 350 deputados.