CDS acusa Governo de estar "amarrado pelos vínculos" com BE e PCP
A presidente do CDS-PP acusou hoje o Governo PS de estar "cativo de opções ideológicas mais à esquerda" e "amarrado pelos vínculos" que criou com BE e PCP, nomeadamente na questão do fim de Parcerias Público-Privadas (PPP) na saúde.
© Global Imagens
Política Assunção Cristas
"O que nós vemos, infelizmente, é um Governo cativo de opções ideológicas mais à esquerda, amarrado pelos vínculos que criou ao Bloco de Esquerda e ao PCP", disse Assunção Cristas aos jornalistas, em Beja, durante uma visita à feira Ovibeja.
Segundo Assunção Cristas, o CDS-PP, "quando se ouve falar, por exemplo, no fim de PPP que servem bem os utentes e com menos custo para todos os contribuintes", considera tratar-se de uma opção "errada" e "ideológica".
"Obviamente, o CDS-PP não se pode rever nessa opção", porque se revê "numa lei abrangente, que permita [a] cada governo, quando está em funções, fazer com liberdade as suas opções em serviço das nossas populações, de todos os portugueses, e não a servir outras opções ideológicas".
Questionada pelos jornalistas sobre se o CDS-PP se sente pressionado pelo Presidente da República para que se mantenham PPP na área da saúde, Assunção Cristas lembrou que o partido "tem a mesma posição" sobre o assunto "desde o início".
O CDS-PP apresentou "uma proposta alternativa de Lei de Bases da Saúde onde é muito claro qual é o caminho que devemos seguir, dando espaço para todos os setores, reafirmando o Serviço Nacional de Saúde, mas reafirmando também um sistema nacional de saúde onde o setor social e o setor privado tenham um papel, que é um papel no serviço aos utentes, às populações".
Assunção Cristas frisou que a "primeira e maior preocupação" do CDS-PP em relação à Lei de Bases da Saúde "é que as populações sejam servidas com qualidade e com tempo".
"A nossa preocupação [do CDS-PP] é sempre a de termos um sistema onde todos possam ter lugar com uma preocupação primeira e última, que é servir todos os portugueses e servi-los com qualidade e com o menor custo possível para o contribuinte, certamente", explicou.
O processo legislativo relativo à proposta de Lei de Bases da Saúde decorre na Assembleia da República, no âmbito do Grupo de Trabalho da Lei de Bases da Saúde e da Comissão Parlamentar de Saúde.
Na terça-feira, a coordenadora do Bloco de Esquerda, Catarina Martins disse haver "pressão do Presidente da República para que se mantenham as PPP" na área da saúde.
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