PSD acusa Governo de "falta de visão e ambição" para o país
O PSD acusou hoje o Governo de ter apresentado um Programa de Estabilidade com "falta de visão e ambição para o país", e lamentou que o documento não contenha "uma única referência aos jovens".
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Política Parlamento
A intervenção de fundo no debate parlamentar sobre os programas de Estabilidade e Nacional de Reformas coube à líder da JSD, Margarida Balseiro Lopes, que começou por salientar que, no final da anterior legislatura, "o país estava a crescer, o desemprego estava a descer" e a conjuntura económica era muito favorável.
"Chegamos ao final de quatro anos e muito pouco mudou no país, as reformas ficaram por fazer, desperdiçámos e não aproveitámos a melhor conjuntura internacional de que há memória, colocando em causa o futuro de várias gerações", criticou, acusando o executivo de, além disso, ter conseguido "a proeza da maior carga fiscal de que há registo" e "a degradação dos serviços públicos".
A deputada defendeu que a responsabilidade "pela degradação das funções do Estado" não é apenas do PS, mas também do BE e do PCP, que criticam muitas vezes as opções do executivo, mas acabam por validar com o voto as suas políticas.
"Fazem-me lembrar aquela máxima: entradas de leão, saídas de Centeno", criticou.
Margarida Balseiro Lopes considerou que o atual Programa de Estabilidade não responde aos desafios do país": "Falta uma visão para o país que vá além de uma legislatura".
Nas 78 páginas do programa, a deputada e líder do JSD disse não existir qualquer referência aos jovens e aproveitou para criticar uma proposta recente do Governo de alteração à legislação laboral.
"Não será certamente com o alargamento do período experimental para os jovens à procura de primeiro emprego, como propõe o Governo, que conseguiremos combater a precariedade. Acontece precisamente o contrário, deixa-os numa situação de maior vulnerabilidade", criticou.
A deputada acusou ainda o Governo de falta de reformas nas áreas da Segurança Social, do arrendamento ou da natalidade, ao mesmo tempo que vai aumentando a dívida bruta do país.
"O presidente do PSD, Rui Rio, dizia que já gastámos os impostos dos nossos filhos. E é verdade. Mas a pior hipoteca que aqueles que ainda não nasceram têm às costas, não é apenas a da dívida. É a hipoteca sobre o seu futuro plasmada em orçamentos e em programas de estabilidade sem visão e sem ambição", afirmou.
Margarida Balseiro Lopes defendeu que os portugueses não estão "condenados a viver assim", justificando a apresentação de projetos alternativos do PSD, que pedem a rejeição da "estratégia e caminho económico e orçamental" previstos no Programa de Estabilidade e "uma alternativa de crescimento forte e sustentável" quanto ao Programa Nacional de Reformas.
"Como dizia Francisco Sá Carneiro, Portugal não é isto, não tem de ser isto", criticou a deputada do PSD, que não teve qualquer pedido de esclarecimento das outras bancadas.
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