Jerónimo e Costa defendem Segurança Social pública
O secretário-geral comunista e o primeiro-ministro concordaram hoje na necessidade de defender o caráter público e universal da Segurança Social, elogiando ainda a atual situação financeira do sistema, no debate parlamentar quinzenal.
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Política Debate
Jerónimo de Sousa louvou o resultado dos "dois novos escalões de IRS que se traduz em redução do imposto pago pelos trabalhadores", com "maior justiça fiscal", e a atual situação da Segurança Social, que "é das melhores dos últimos 20 anos".
"Nem vale a pena citar Cavaco Silva, esse então quer até aos 80 (anos de idade) e, se possível, trabalhar até morrer. Sabemos bem que o objetivo destas manobras é criar a desconfiança em relação à Segurança Social para aumentar o negócio dos fundos de pensões privados", afirmou o líder comunista referindo-se a declarações do antigo Presidente da República sobre o aumento da idade da reforma e ao estudo sobre o assunto encomendado Fundação Francisco Manuel dos Santos.
O chefe do Governo destacou, ainda sobre os impostos, que, "efetivamente, os portugueses vão pagar menos mil milhões de euros de IRS do que pagavam em 2015", estando o executivo socialista a "desagravar fiscalmente quem merece ser desagravado".
"É verdade. Aquilo que PSD e CDS dizem sobre o sistema da Segurança Social, além de procurar incutir a desconfiança para promover a Segurança Social privada, assenta num desconhecimento básico da realidade", afirmou António Costa.
Jerónimo de Sousa declarou que "o caminho do progresso não é o da privatização", mas antes "o da defesa da Segurança Social pública, universal, solidária, o aumento das pensões e a redução da idade da reforma".
"Como o PCP sempre tem afirmado, a sustentabilidade financeira da Segurança Social não se garante com cortes das pensões, nem o aumento da idade da reforma. Garante-se com o aumento do emprego, dos salários e o combate à precariedade. E é preciso ir mais longe na diversificação das fontes de financiamento", disse.
O primeiro-ministro defendeu que "a chave da sustentabilidade está em" haver "mais e melhor emprego, mais digno e com salários mais justos".
"Esse tem de ser o caminho que tem de ser prosseguido. É por isso que hoje estamos, efetivamente, na melhor situação da Segurança Social das últimas décadas", destacou.
"A Segurança Social que nós queremos é pública e universal. Uma Segurança Social que não põe em causa os direitos de quem já tem direitos adquiridos, que não põe em causa o futuro das novas gerações, assegurando a sustentabilidade para que a contribuição que hoje fazem tenha a garantia da contrapartida da prestação futura", insistiu António Costa.
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