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Carlos César "bate todos os recordes do nepotismo", diz jornal espanhol

Jornal ABC fala das várias relações familiares do “presidente dos socialistas portugueses”.

Carlos César "bate todos os recordes do nepotismo", diz jornal espanhol
Notícias ao Minuto

08:50 - 11/04/19 por Natacha Nunes Costa

Política Laços familiares

A polémica relacionada com os laços familiares que ‘cosem’ o Governo de António Costa ultrapassou novamente a fronteira e volta a ser notícia em Espanha. O jornal ABC escreveu, esta quarta-feira,  que Carlos César bateu “todos os recordes do nepotismo”.

Recorda o jornal que o primo do presidente do Partido Socialista (PS), Francisco Fernandes Gil, foi nomeado gestor da empresa pública Navegação Aérea de Portugal (NAV) e que o primeiro-ministro confirmou a nomeação, em 2016, a pedido de dois ministros socialistas: Pedro Marques, então ministro do Planeamento e das Infraestruturas, hoje cabeça de lista do PS às eleições europeias, e Mário Centeno, ministro das Finanças e também presidente do Eurogrupo.

Mas, enfatiza o ABC, não terminam neste caso as nomeações para cargos públicos de membros da família do antigo presidente do Governo Regional dos Açores.

A mulher, Luísa César, foi nomeada pelo Governo regional para presidir à estrutura de missão para a Casa da Autonomia, sem concurso público. O filho, Francisco César foi é o vice-presidente do Grupo Parlamentar do PS na Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores. Já a nora foi nomeada chefe de gabinete da secretária regional adjunta para os Assuntos da Presidência (dos Açores) e o irmão mais velho, Horácio do Vale César chegou a ser, já durante o mandato de António Costa, adjunto de João Soares, quando este assumia a pasta da Cultura no atual Governo.

O jornal espanhol relembra que Carlos César já se defendeu destas acusações, garantindo que se trata de “uma tradição de família” e que já os seus bisavós estavam envolvidos na política.

Segundo o ABC, "com o clã César, o número de cunhados, esposas, primos e outros familiares ligados a uma ou outra posição da administração socialista aumenta para 48, a contar com as ilhas”, sendo que, por isso, "há cada vez mais vozes em Portugal que clamam contra esta rede de nepotismo”.

"Os portugueses cansados da deterioração da saúde e da educação gritam agora por causa deste panorama de corrupção quando faltam menos de seis meses para as próximas eleições legislativas”, conclui o artigo.

Recorde-se que, esta quarta-feira, Carlos César defendeu uma discussão que possa permitir “a adoção de um normativo” que ponha “fim a esse regime de calúnia, que é injusto para muita gente” , revelando que o PS vai apresentar na Comissão Parlamentar da Transparência uma proposta para debater a viabilidade de uma iniciativa legislativa para regular as relações entre famílias no Governo e em funções públicas.

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