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Nuno Melo acusa Costa de "esconder" cabeça de lista do PS às europeias

O cabeça de lista do CDS-PP às eleições europeias, Nuno Melo, acusou hoje António Costa de "esconder" o 'número um' do PS, pedindo aos eleitores "uma moção de censura" ao Governo no próximo dia 26 de maio.

Nuno Melo acusa Costa de "esconder" cabeça de lista do PS às europeias
Notícias ao Minuto

17:57 - 10/04/19 por Lusa

Política CDS

Em declarações aos jornalistas depois de entregar a lista do CDS-PP às europeias no Tribunal Constitucional, Nuno Melo disse que gostaria de, nesta campanha, "falar de Europa" e lamentou já ter visto Pedro Marques "em jogos de futebol ou no Carnaval de Loulé", mas nunca ter conseguido debater com o cabeça de lista do PS.

"É muito extraordinário que um primeiro-ministro, que é secretário-geral de um partido que tem como mensagem 'Somos Europa', depois diga que pretende que estas eleições sejam uma avaliação de desempenho do Governo e um voto de confiança no Governo", criticou.

Nuno Melo acusou António Costa de "andar a esconder o cabeça de lista do PS" às europeias e o facto de Pedro Marques ser também apontado como "cabeça de lista" à Comissão Europeia, uma vez que já foi apontado como hipótese para próximo comissário europeu por Portugal.

"Já vi o dr. Pedro Marques em jogos de futebol, já vi o dr. Pedro Marques no Carnaval de Loulé, nunca consegui ver o dr. Pedro Marques sentado numa mesa ao meu lado a debater. Cada um dá relevo ao que entende", apontou.

Quanto ao Governo, o candidato do CDS ao Parlamento Europeu referiu que, se o primeiro-ministro quer que as europeias funcionem como "uma moção de confiança ao Governo", o CDS pedirá o oposto.

"O que peço a cada eleitor é que faça, destas eleições, uma moção de censura ao Governo", afirmou, reiterando o pedido de "censura forte" que a líder do CDS-PP, Assunção Cristas, já tinha feito na terça-feira.

Quanto às expectativas de resultados, Nuno Melo apontou que será "igualar ou superar" os dois eurodeputados conseguidos em 2009, quando o partido concorreu sozinho, apesar de este ano serem necessários mais votos do que então para os mesmos mandatos (Portugal elege menos um eurodeputado).

"Avaliando a história, perceberemos rapidamente que o CDS teve melhor resultado sozinho do que coligado", afirmou, quando questionado sobre o parceiro de coligação das últimas europeias, o PSD, nas quais o CDS apenas elegeu um eurodeputado.

Questionado se a polémica das nomeações familiares no Governo será mais um motivo para censurar o executivo do PS, Nuno Melo considerou que, nesta matéria, "mais do que leis, está em causa o bom senso e os portugueses sabem o que tem de ser avaliado".

"Num país com 10 milhões de pessoas, só encontrar competência num universo restrito de 20 famílias de pessoas muito próximas do dr. António Costa não será normal", afirmou, dizendo que o CDS está "alheio" deste problema e assegurando que ele próprio não tem a trabalhar consigo ninguém com quem tenha ligações familiares.

Nuno Melo aproveitou para agradecer a António Lobo Xavier, ao seu lado, ter aceitado ser mandatário nacional do CDS nas europeias, destacando as suas competências dentro, mas também fora do partido, como professor e advogado.

"Encarna o essencial dos valores que o CDS defende, é uma honra muito grande que tenha aceitado este convite", disse.

Por seu lado, Lobo Xavier disse que não demorou "nem 30 segundos" a aceitar o repto, quer pelo apreço pela lista do CDS quer por considerar que o partido tem "um papel muito importante a desempenhar nesta Europa".

"Quando olhamos para os perigos da Europa -- partidos nacionalistas, de extrema-direita, antieuropeus - muitos desses perigos resolvem-se com dignificação dos partidos democráticos da direita", afirmou, considerando que o CDS contribuirá para tal com os seus valores e princípios.

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