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PAN quer "regras mais apertadas" que impeçam nomeação de familiares

O deputado do PAN, André Silva, defendeu hoje serem necessárias "regras mais apertadas" que impeçam a nomeação de familiares diretos no Governo e acusou os "principais atores dos principais partidos" de quererem "manter tudo como está".

PAN quer "regras mais apertadas" que impeçam nomeação de familiares
Notícias ao Minuto

20:27 - 08/04/19 por Lusa

Política André Silva

"Seria bom que, num código de conduta ou numa legislação, pudessem estar vertidas regras mais apertadas para aqueles que não conseguem medir o bom senso ou práticas mais ou menos éticas", afirmou André Silva em entrevista à Antena 1, acrescentando que "importa fazer-se um debate em torno de regras um bocadinho mais apertadas, de regras mais conseguidas para se impedir, por exemplo, a nomeação de familiares diretos".

Para o deputado do PAN, António Costa "esteve mal" no último debate quinzenal porque poderia ter "assumido que iria introduzir no código de conduta do Governo algumas regras para impedir que isto pudesse vir a acontecer", mas remeteu o tema "para a Comissão de Transparência, que [...] é muito pouco produtiva e que poucos frutos tem dado".

"Por outro lado, Rui Rio parece também querer manter esta situação tal como está, dizendo que não é preciso legislar nada e isto fica apenas no domínio da ética, do bom senso e depois das eleições tudo resolvem", criticou.

André Silva considerou, por isso, que "os principais atores dos principais partidos que têm ocupado os gabinetes" dos Governos "nos últimos 40 anos, parece que querem manter tudo como está".

Sobre a solução governativa -- que pela primeira vez reuniu PS, BE, PCP e PEV -- o deputado, que termina em outubro a sua primeira legislatura, disse ter sido "extremamente positivo" ter existido "uma geringonça", já que "a política se passou a parlamentarizar muito mais", tendo dado uma "predisposição" nunca antes vista no PS "em ouvir, em se sentar, conversar e acolher outras propostas".

Quanto ao próximo Governo, e a eventuais entendimentos com PS e PSD, o PAN deixa tudo em aberto, dependendo do "programe a atitude" dos partidos.

"Mais do que de esquerda ou de direita, é importante o PAN apresentar-se aos eleitores como sempre se apresentou, dizendo que queremos mais força, queremos mais responsabilidade, queremos assumir mais responsabilidades e, para isso, precisamos de ter mais capacidade de negociação com quem esteja no poder, seja o PS, seja o PSD", assinalou.

Antes das legislativas, e para as europeias marcadas para 26 de maio, o PAN quer ter "pela primeira vez, um deputado português na Europa com sensibilidade ambiental, com consciência ambiental para que possa reforçar a família dos 'greens' e continuar a fazer este trabalho de reforço de proteção ambiental, de combate às alterações climáticas num tempo que está cada vez mais escasso".

Na entrevista, André Silva quis desmentir a "notícia falaciosa" e "mentira" segundo a qual o PAN, como a PETA (People for the Ethical Treatment of Animals), queria acabar com os animais nos provérbios" e explicou que deve sim "haver a liberdade para, com humor, dar novas roupagens a provérbios que sempre existiram".

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