'Diz Não ao Paredão'. "Fomos mais de 500 pessoas em defesa da praia"
Cerca de 500 pessoas manifestaram-se este domingo contra o prolongamento do quebra-mar exterior do Porto de Leixões.
© Global Imagens
Política José Soeiro
José Soeiro participou, este domingo, na manifestação ‘Diz Não ao Paredão’, que juntou cerca de 500 pessoas na Praia de Matosinhos em luta contra o prolongamento do quebra-mar exterior do Porto de Leixões.
Apesar das condições meteorológicas adversas, os manifestantes não abandonaram o protesto, alertando para os impactos ambientais, económicos da obra.
“Hoje fomos mais de 500 pessoas em Matosinhos, mesmo com chuva e vento, em defesa da praia e contra as consequências negativas do prolongamento do quebra-mar do Porto de Leixões. Foi só o início”, garantiu o deputado do Bloco de Esquerda, aproveitando para partilhar, no Facebook, o link da petição pública lançada pelo movimento ‘Diz Não ao Paredão’.
De acordo com a organização da petição, o paredão coloca em causa a “deterioração e degradação da cidade, e principalmente, da praia de Matosinhos”. Além disso, com a erosão costeira e estagnação das águas provocadas por esta obra, “vai dar origem a maiores níveis de poluição”.
O objetivo é levar a petição à Assembleia da República “muito em breve” e travar as obras.
Em fevereiro, a ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, anunciou um investimento de cerca de 217 milhões de euros, dos quais 147 são investimento público, até 2023 no porto de Leixões para aumentar a sua competitividade portuária.
As empreitadas envolvem o prolongamento do quebra-mar exterior em 300 metros, aprofundamento do canal de entrada, anteporto e bacia de rotação, a criação do novo terminal no Molhe Sul e a melhoria das condições de operação do porto de pesca.
Em março, a Câmara Municipal de Matosinhos aprovou um documento onde defende que as obras em Leixões não devem ser adjudicadas enquanto não forem apresentados o projeto global e a Avaliação de Impacte Ambiental (AIA). Contudo, a Assembleia Municipal rejeitou, nesse mesmo dia e com os votos contra do PS e PCP, uma proposta a solicitar a suspensão do concurso.
A obra continua a ser alvo várias críticas de partidos políticos, autarcas e surfistas.
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