Marques Mendes admite "erros" no passado. "Houve excesso de nomeações"
Luís Marques Mendes volta ao tema das relações familiares em cargos políticos para admitir que houve excesso em governos em que participou.
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Política Relações
Se na semana passada Luís Marques Mendes se defendeu de acusações no âmbito do caso das nomeações de familiares para cargos políticos, criticando o "excesso" de casos que figuravam no atual Governo, este domingo o antigo líder do PSD admite que existiram "excessos" noutras legislaturas.
No seu espaço habitual de opinião da SIC, quando confrontado com o facto de ter trabalhado num governo onde também estava a sua mulher, Marques Mendes assumiu que, assim como os "erros do presente", também houve "erros no passado", repetindo que estas questões "enfraquecem toda a democracia".
É "facto indiscutível que com este Governo houve excesso de nomeações em cargos de gabinetes", disse o ex-secretário de Estado. "Agora, olhando para trás, tem que se reconhecer, e já o indiciava na semana passada, que em governos do passado, designadamente em governos em que participei, houve um excesso de nomeações", admitiu,
"Houve menos, mas também houve muitas e acho que houve até demais. Há que assumir as coisas, num governo em que eu fiz parte e que, portanto, fui responsável direto. Foi um erro", acrescentou.
Questionado diretamente sobre a presença da sua mulher no governo em que atuava, Marques Mendes indicou que não iria comentar casos particulares. "Acho que o que conta é a tendência geral e a tendência geral é negativa e, por isso, é que considero que é um erro", disse, voltando a falar na questão do "padrão".
"Mudaram as práticas e exigência da sociedade", disse, tentando explicar como estas questões não eram discutidas na altura. "As práticas que existiam à altura eram estas. Era assim nos gabinetes, em vários governos e no Parlamento Europeu. E também os parâmetros de exigência da sociedade eram outros. A sociedade tolerava alguma coisa que hoje já não tolera. Mesmo assim, e olhando para trás, não tenho nenhum problema de assumir que foi um erro".
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