POUPANÇA NO MINUTO
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“O Governo está a ver que pode estar a surgir uma espécie lei de murphy"
Francisco Louçã diz que o Executivo de Costa está a ultrapassar uma fase que “tudo o que pode acontecer mal, vai acontecer pior ainda”.
© Pedro Granadeiro / Global Imagens
Política Francisco Louçã
Francisco Louçã comentou esta sexta-feira, no seu espaço semanal na SIC Notícias, a polémica dos laços familiares no Governo de Costa, que tanto deu que falar nos últimos dias e levou mesmo à demissão do secretário de Estado do Ambiente e do seu primo, adjunto.
Para o fundador do Bloco de Esquerda, o Executivo meteu-se numa “confusão política” que arruinou a “semana mais feliz de António Costa” como primeiro-ministro e que pode gerar sérios problemas.
“O Governo está a perceber de repente que pode estar a surgir uma espécie lei de murphy, ou seja, tudo o que pode acontecer mal, vai acontecer pior ainda. O pequeno debate sobre as palavras do relatório da OCDE vai-se agigantando, com sucessivos incidentes, numa semana que parecia ser a semana mais feliz de António Costa, graças aos passes sociais; portanto há um problema político”, sublinhou Louçã.
O bloquista defende que o Executivo percebeu, com o caso dos primos Carlos Martins e Armindo Alves, que “não podia continuar com esta lógica” e viu nesta situação “uma oportunidade” para cumprir a palavra do primeiro-ministro que, dias antes de ter estalado o verniz na secretaria do Ambiente, tinha afirmado que este tipo de nomeações é “eticamente inaceitável” no seu Governo.
Contudo, antes de chegar a esta conclusão, segundo Francisco Louçã, o Governo respondeu da “forma mais disparatada de todas”.
“A primeira resposta do Governo veio de Carlos César, a mais disparatada de todas. Agressividade, tentar desviar, como se o problema fosse haver duas irmãs gémeas num grupo parlamentar, isso é que era grave, enfim, um disparate absoluto”, criticou.
Ainda sobre as relações familiares dentro do Governo, Francisco Louçã defende que o Executivo devia ter percebido desde o início que isto ia ser um problema e que este tipo de “situações constrangedoras” resultam do “circuito fechado” de como o partido evoluiu.
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