"Era bom que no debate secretário de Estado já não estivesse no Governo"
É com “muita perplexidade” que o CDS tem assistido às notícias sobre relações familiares no seio do Governo socialista. Sobre o caso mais recente, Assunção Cristas disse esperar que até ao debate quinzenal desta tarde, o secretário de Estado do Ambiente tenha abandonado o cargo.
© Global Imagens
Política Assunção Cristas
Após a primeira demissão na sequência dos casos de relações familiares no Governo, a líder do CDS considera que o secretário de Estado do Ambiente, Carlos Martins, não tem condições para continuar no Executivo. Em causa, o facto de, em setembro de 2016, ter nomeado o primo Armindo dos Santos Alves, para adjunto do seu gabinete. Este último apresentou ontem a demissão, mas Carlos Martins mantém-se no cargo.
A toda esta 'novela rosa', Assunção Cristas tem assistido com "muita perplexidade", considerando que são "muitíssimos os casos", comentou em declarações aos jornalistas à margem de uma visita à Futurália, em Lisboa.
"Hoje à tarde há debate quinzenal, porventura seria bom que já não tivéssemos esse secretário de Estado [Carlos Martiins] no Governo", acrescentou a líder centrista, sem fazer, porém, qualquer pedido concreto de demissão do governante.
Cristas aproveitou ainda para deixar um conselho ao Executivo e ao seu líder: "Creio que o Governo e o primeiro-ministro António Costa têm de fazer uma reflexão muito profunda sobre aquilo que se está a passar e sobre a percepção que cria cá para fora".
Sem querer alongar-se mais na questão da 'família socialista', a líder do CDS foi também confrontada com os salários dos juízes, que passam a poder auferir mais do que o primeiro-ministro, sustentando que “não é adequado nem oportuno no final da legislatura o Governo estar a querer resolver pontualmente situações, em vez de olhar para o conjunto da Função Pública”.
“Há um conjunto de assuntos muito relevantes, dos juízes, dos professores, dos enfermeiros, dos polícias, das forças armadas, e todos têm questões relevantes e justas. (…) Se nós queremos um país a crescer, uma economia florescente, precisamos de ter bons profissionais. Obviamente precisamos de ter gente motivada e bem remunerada para dar o seu melhor e sentir que o seu esforço é compensado. [Mas] olhar pontualmente para os vários aspetos, não me parece que nos ajude a progredir”, comentou Cristas, sugerindo por isso ao Governo “uma reflexão profunda”.
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