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Passe único criou portugueses de "primeira, segunda e terceira"

O presidente do PSD alertou esta segunda-feira ser necessário "corrigir" o designado passe único dos transportes públicos, para não haver "portugueses de primeira, segunda e de terceira", respetivamente em Lisboa, no Porto e no resto do país.

Passe único criou portugueses de "primeira, segunda e terceira"
Notícias ao Minuto

19:01 - 01/04/19 por Lusa

Política Rui Rio

"Se há verba, acho que a medida [Programa de Apoio à Redução do Tarifário dos Transportes Públicos - PART], que entrou esta segunda-feira em vigor] faz sentido, como é logico. Só que os portugueses tem de ser tratados todos por igual. Independentemente de todo o marketing, neste momento há portugueses de primeira, segunda e terceira", observou Rui Rio, em declarações aos jornalistas no Porto.

Para o social-democrata, "do ponto de vista territorial, a medida tem de ser ajustada para que portugueses sejam todos iguais".

"Tem de corrigir, para tratar o Porto como Lisboa e o resto do país como o Porto e Lisboa", afirmou.

Segundo Rio, os portugueses "de primeira" são os da Área Metropolitana de Lisboa, a quem "o Governo dá um subsídio de 26,7 euros por cada habitante para baixar o passe social".

"Os de segunda são os do Porto, onde o passe único, o Andante, existe há mais de 12 anos e é subsidiado em 8,4 euros por habitante", indicou.

Para Rio, "os portugueses de terceira são todos os que não estão nem em Lisboa nem no Porto" e que "recebem menos de dois euros por habitante".

Questionado sobre uma entrevista do ministro do Ambiente, a admitir que a barragem do Fridão "não é necessária", e sobre a eventualidade de o Estado pagar 200 milhões de euros à EDP, Rio apontou ao Governo "incoerência" no discurso.

"Esses 200 milhões já davam para alargar às CIM [Comunidades Intermunicipais] os passes sociais", frisou.

Entrou esta segunda-feira em vigor o chamado passe único dos transportes, criado ao abrigo do PART, que pretende incentivar o uso dos transportes coletivos.

O PART estabelece que as Áreas Metropolitanas de Lisboa (AML) e do Porto (AMP) e as 21 Comunidades Intermunicipais (CIM) recebam 104 milhões de euros do Fundo Ambiental, através do Orçamento do Estado, e comparticipem o programa com um total de 2,6 milhões.

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