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Novos passes. "Oposição esteve distraída, está arrependida e critica"

No dia em que os passes sociais passam a ter um custo máximo de 40 euros, o primeiro-ministro viajou de transportes públicos para assinalar a implementação desta medida.

Novos passes. "Oposição esteve distraída, está arrependida e critica"
Notícias ao Minuto

10:36 - 01/04/19 por Patrícia Martins Carvalho com Lusa

Política António Costa

O dia de António Costa começou na Ericeira. O primeiro-ministro regressou a Lisboa em transportes públicos e assim vai continuar a sua viagem até Setúbal.

Em declarações aos jornalistas que acompanham a sua jornada, António Costa realçou o facto de os novos passes metropolitanos Navegante e Andante fazerem uma “grande diferença na melhoria do rendimento das famílias”, destacando, a título de exemplo, o facto de o passe para quem vive na Ericeira e se desloca para Lisboa ter sido, até aqui, de 170 euros. “É uma poupança de 130 euros”, apontou.

O chefe do Executivo frisou também o facto de o novo passe social permitir uma maior mobilidade, na medida em que abrange todos os meios de transporte públicos. “Dá uma maior liberdade aos utentes que já não têm de fazer contas para perceber o que sai mais barato ou mais caro”, acrescentou.

Confrontado com as críticas da oposição, que aponta esta medida como beneficiando apenas os dois grandes centros metropolitanos do país, António Costa ripostou com a acusação de “distração”.

“Ao contrário do que tem sido dito, isto não se aplica só a Lisboa e ao Porto”, enfatizou, explicando que esta discussão começou a ser feita em março do ano passado. “O Governo decidiu alargar o programa a todo o país e é isso que está previsto no Orçamento do Estado”, atirou Costa, elucidando ainda que “das 21 comunidades intermunicipais – fora de Lisboa e Porto – todas elas apresentaram programas de redução de tarifário e ou de aumento da oferta de transportes públicos. Destas, 15 entram hoje em vigor, uma entra a 15 de abril e as restantes cinco a 1 de maio”.

Já quanto à acusação de “eleitoralismo”, António Costa responde com o “arrependimento” da oposição.

“Acho estranho que se diga que é uma medida eleitoralista porque está a ser trabalhada desde março do ano passado. Quem a chama de eleitoralista foi quem estava distraído no ano passado e depois votou contra e agora está arrependido”, afirmou.

O primeiro-ministro fez questão de distinguir as críticas dos partidos do que tem ouvido dos autarcas.

"Dos autarcas não tenho ouvido muitas críticas, porque sabem que chega a todo o país", afirmou, insistindo que a medida chegará a todas as Comunidades Intermunicipais, na maioria das quais em maio.

"Os autarcas sabem aquilo que os políticos nacionais não sabem: a medida é para todo o país e chega a todo o país", reforçou.

Quanto ao passe único na Área Metropolitana de Lisboa, Costa classificou-o como "um trabalho notável feito entre os autarcas e o Governo".

"Permitiu não só uma redução muito significativa do custo tarifário, mas também fazer uma coisa com que há décadas se sonhava: um único passe que dê para toda a Área Metropolitana e para todos os operadores, seja de autocarro, comboio, barco ou elétrico. Tem a vantagem absolutamente extraordinária de cada um ter a liberdade de escolher os seus trajetos", defendeu.

O primeiro-ministro participa em seguida numa cerimónia na Câmara Municipal de Setúbal.

Recorde-se que os novos passes sociais Navegante (Lisboa) e Andante (Porto) estabelecem como 40 euros o preço máximo para os utentes viajarem por todos os concelhos das Áreas Metropolitanas de Lisboa e Porto. O valor desce para 30 euros quando as viagens são feitas apenas dentro de um concelho.

São também criados 18 passes Navegante Municipal, um para cada dos 18 concelhos que integram a AML e, neste caso, permite apenas viajar no concelho para o qual foi adquirido por 30 euros.

As crianças até ao mês em que completam os 13 anos podem viajar gratuitamente em toda a AML com o cartão Lisboa Viva (no qual se carrega o passe) e são mantidos os atuais descontos para estudantes, reformados, pensionistas e carenciados, tendo como referência os novos preços.

Esta medida integra-se no Programa de Apoio à Redução do Tarifário dos Transportes Públicos (PART), que pretende incentivar o uso dos transportes coletivos nas grandes cidades, estabelece que as Áreas Metropolitanas de Lisboa (AML) e do Porto (AMP) e as 21 Comunidades Intermunicipais (CIM) recebam 104 milhões de euros do Fundo Ambiental, através do Orçamento do Estado, e comparticipem o programa com um total de 2,6 milhões. A verba está disponível desde esta segunda-feira, 1 de abril.

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