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En Marche de Macron reuniu-se em Lisboa com PS

O "número um" do movimento La Republique En Marche, do Presidente francês Emmanuel Macron, reuniu-se hoje em Lisboa com representantes do PS, da Iniciativa Liberal e do Movimento Europa e Liberdade (MEL) sobre futuras alianças no Parlamento Europeu (PE).

En Marche de Macron reuniu-se em Lisboa com PS
Notícias ao Minuto

19:58 - 29/03/19 por Lusa

Política Europeias

"Acabámos de nos reunir com o PS e reunimo-nos hoje de manhã com a Iniciativa Liberal e com o Movimento Europa e Liberdade", disse Stanislaw Guerini, delegado-geral do La Republique En Marche (LREM), em entrevista à Lusa hoje à tarde em Lisboa.

O responsável frisou que a orientação do seu movimento é "não começar pelos rótulos, mas pelos projetos", como a transição ecológica, a proteção social ou o investimento na defesa europeia, e "ver quem concorda com estas ideias e quem não concorda".

"Esta é a base da nossa discussão: primeiro, projetar as ideias, e depois ver que coligação podemos construir em torno destas ideias", sublinhou, assegurando que "por toda a Europa" as pessoas estão a "acolher isso de forma bastante positiva".

Em Lisboa, Stanislav Guerini disse ter encontrado abertura nos movimentos com os quais se reuniu, mas frisou que esta não é a fase de assinar memorandos ou declarações.

"Há muitos pontos de convergência, há muitas coisas que podemos fazer juntos. António Costa e Emmanuel Macron trabalham bem juntos e sentem que podemos fazer coisas juntos. Vamos estar no mesmo grupo? Talvez, logo vemos. Mas se não no mesmo grupo, talvez na mesma coligação", admitiu.

"Porque é esta a nossa abordagem, de abertura. Trabalhamos naturalmente com parceiros liberais no ALDE [o grupo Aliança dos Democratas e Liberais pela Europa no PE], mas queremos alargar este grupo e talvez trabalhar com os social-democratas europeus, porque pensamos que temos mais ideias que partilhamos do que as que nos dividem", explicou.

O atual PE está dividido em grandes grupos políticos - Partido Popular Europeu (PPE), Socialistas & Democratas (S&D), ALDE, Verdes, Esquerda Unitária Europeia ou Conservadores (ECR), entre outros -, mas a configuração da próxima assembleia, que pode passar pela criação, fusão ou até extinção de grupos políticos, vai depender dos resultados das eleições de maio.

Segundo as sondagens, o movimento do Presidente francês deverá eleger duas dezenas de deputados ao próprio PE, mas até agora não foi anunciado em que grupo político se vai integrar, havendo fontes da formação que evocam a integração no grupo dos liberais e outras da criação de um grupo centrista.

"Nós fomos sempre coerentes nessa abordagem. Queremos que todos percebam que o PE de amanhã não vai ser o mesmo de hoje. Temos de pôr termo a esta configuração em que dois grupos negoceiam um com o outro, partilham os lugares e mergulham a Europa num sono profundo", defendeu Guerini, referindo-se aos dois maiores grupos, PPE e S&D.

"É preciso construir um novo grupo, de centro, no PE, muito maior do que o ALDE é hoje e juntar a vertente progressista e a vertente social. É esta a visão que queremos construir", explicou, admitindo abertura para partidos socialistas, ambientalistas ou de centro-direita.

O ALDE é atualmente a quarta força política no PE, mas as projeções apontam para que possa tornar-se na terceira força no próximo parlamento.

"Nas últimas eleições europeias os extremistas da Frente nacional [de Marine Le Pen] foram o partido mais votado. Desta vez esperamos ser nós e, se formos, vamos levar 20 ou talvez mais eurodeputados para o PE. Isto é novo, está a crescer e pode fazer a diferença", afirmou.

"Vamos ser humildes e vamos esperar pelos resultados. Promover as nossas ideias progressistas nos nossos países para vermos o que é possível construirmos juntos", frisou.

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