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Mais do que "laços familiares" interessa a política do Governo

O secretário-geral comunista priorizou hoje as políticas a executar pelo Governo acima da polémica com as relações familiares entre elementos do executivo socialista, deputados e membros de gabinetes e outros organismos do Estado.

Mais do que "laços familiares" interessa a política do Governo
Notícias ao Minuto

17:48 - 28/03/19 por Lusa

Política Jerónimo de Sousa

"Eu e o meu partido sempre acompanhámos esta ideia: mais do que saber de laços familiares, o importante é saber o que essas pessoas vão fazer, que política vão executar, através da sua responsabilidade no Governo. Isto é que é fundamental. Porque ao fazer disso o caso dos casos significa que não estariam aqui a perguntar sobre a razão desta manifestação, do combate à precariedade, da necessidade de revogação das normas mais gravosas da legislação laboral", disse Jerónimo de Sousa.

O líder comunista falava aos jornalistas à margem de cumprimentos e saudações a milhares de manifestantes contra a precariedade, que se dirigiam à Assembleia da República, em Lisboa, num protesto organizado, entre outros, pela Interjovem, movimento juvenil da CGTP.

"Não posso, não fui mandatado para defender o PS. O PS tem de enfrentar a ofensiva, tal como nós fizemos. Creio que, neste quadro, o PS tem de dar resposta àquilo que está a acontecer. Insisto nesta ideia, com toda a subjetividade que isto tem, desses relacionamentos familiares, há que não esquecer que o importante é saber que política o Governo está a realizar, que os seus ministros e secretários de Estado estão a levar por diante e levar um sentimento de crítica, reivindicação e correção das grandes questões sociais e económicas colocadas aos trabalhadores, ao povo e ao país", afirmou.

Para o secretário-geral do PCP, "transformar um caso nos 'casos', sem ter em conta aquilo que é a reivindicação e a aspiração maior dos trabalhadores e do povo português, acaba por cometer um desvio e desatenção em relação àquilo que é central na vida política nacional".

A polémica sobre as relações familiares governativas aumentou nos últimos dias, com críticas de PSD, CDS-PP e até do BE. Além das ligações diretas familiares no executivo já há muito conhecidas - Ana Paula Vitorino e Eduardo Cabrita, que são casados, e de José e Mariana Vieira da Silva, pai e filha - vieram a público vários casos de nomeações de familiares de ministros e secretários de Estado do Governo para gabinetes de governantes e altos cargos públicos.

Jerónimo de Sousa reiterou ainda a necessidade de combate à precariedade laboral, "uma chaga social" especialmente em relação aos jovens que não encontrou solução com o atual Governo, defendendo o princípio de que a um posto de trabalho permanente deve corresponder um contrato de trabalho efetivo.

"Não é justo que estes jovens tenham o direito a trabalhar, mas sem saber se amanhã ou depois vão para o olho da rua. Isto não é vida, não é nada", disse.

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