Laços familiares. A "endogamia política" em Portugal é notícia em Espanha
A polémica teia de relações familiares dentro do Executivo liderado por António Costa já ultrapassou as fronteiras e é noticiada no país vizinho.
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Política Imprensa
O Governo tem sido alvo de críticas devido às relações familiares existentes entre deputados, membros do Executivo e elementos do Partido Socialista, uma realidade que não passou despercebida à imprensa espanhola.
Aliás, o jornal El País dá destaque ao tema num artigo no qual se lê que a “endogamia política de um país pequeno com uma classe dirigente escassa chega ao extremo de se sentarem no mesmo Conselho de Ministros um casal e um pai e uma filha”.
“A endogamia em Portugal não é nova”, refere o diário castelhano, destacando ainda o facto de que “hoje sentam-se no Conselho de Ministros responsáveis políticos que já o eram com António Guterres ou José Sócrates: três ministros e o primeiro-ministro”.
Além dos casos dos ministros de José António Vieira da Silva e de Mariana Vieira da Silva, pai e filha, e de Eduardo Cabrita e Ana Paula Vitorino, marido e mulher, o jornal espanhol dá conta das mais recente polémica que envolve a mulher do ministro Pedro Nuno Santos, Catarina Gamboa, nomeada para chefe de gabinete do novo secretário de Estado Duarte Cordeiro, bem como o facto de a mulher deste último ter sido destacada para administrar um fundo estatal recém-criado de 55 milhões de euros.
O El País recorda ainda os laços de consanguinidade no seio do Partido Socialista, ilustrando com os exemplos de Carlos César e do filho, e de Ana Catarina Mendes e do irmão.
Exposta a situação que se vive na atual política portuguesa, o El País enfatiza as críticas que têm vindo a ser feitas pela oposição, recuperando a opinião de Luís Marques Mendes, citando Rui Rio e Catarina Martins, e não esquecendo ainda as palavras de Carlos César, numa espécie de resposta aos bloquistas: “Os laços familiares são abundantes no Bloco de Esquerda”.
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