Portugal deve usar "influência para sensibilizar comunidade" mundial
O líder do PSD, Rui Rio, defendeu hoje que o "principal papel de Portugal", na ajuda ao povo de Moçambique, afetado pelo ciclone Idai, deve ser o de utilizar "a sua influência para sensibilizar a comunidade internacional".
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"A União Europeia começa a estar sensibilizada para a necessidade de um apoio real a Moçambique. É imperioso que assim seja", escreveu o presidente social-democrata numa publicação na rede social Twitter.
Para o presidente do PSD, "mais do que a sua própria ajuda, o principal papel de Portugal tem de ser o da utilização da sua influência para sensibilizar a comunidade internacional".
Já hoje, em Bruxelas, à entrada para a cimeira do Partido Popular Europeu (PPE), Rui Rio revelou ter instado os eurodeputados do PSD a fazer "tudo o que estiver ao seu alcance" para acionar os mecanismos de solidariedade da União Europeia para ajudar o povo de Moçambique.
"Já tive oportunidade de pedir aos deputados do PSD no Parlamento Europeu que façam tudo o que estiver ao seu alcance para acionarmos mecanismos de solidariedade, neste caso da Europa, para ajudar Moçambique, porque aquilo que Portugal faz está numa escala muito inferior ao que a Europa pode fazer", declarou o presidente do PSD.
A União Europeia começa a estar sensibilizada para a necessidade de um apoio real a Moçambique. É imperioso que assim seja. Mais do que a sua própria ajuda, o principal papel de Portugal tem de ser o da utilização da sua influência para sensibilizar a comunidade internacional.
— Rui Rio (@RuiRioPSD) March 21, 2019
O número de mortos confirmados na sequência do ciclone no centro de Moçambique subiu para 217, segundo dados oficiais hoje divulgados.
A passagem do ciclone Idai em Moçambique, Maláui e Zimbabué provocou perto de 400 mortos, segundo balanços provisórios divulgados pelos respetivos governos desde segunda-feira.
O Presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, decretou o estado de emergência nacional na terça-feira e disse que 350 mil pessoas "estão em situação de risco".
Moçambique cumpre hoje o segundo de três dias de luto nacional.
A Cruz Vermelha Internacional indicou que pelo menos 400.000 pessoas estão desalojadas na Beira, considerando que se trata da "pior crise" do género em Moçambique.
O Idai, com fortes chuvas e ventos de até 170 quilómetros por hora, atingiu a Beira (centro de Moçambique) na quinta-feira à noite, deixando os cerca de 500 mil residentes na quarta maior cidade do país sem energia e linhas de comunicação.
O Governo português anunciou que 30 cidadãos nacionais residentes na Beira estavam por localizar na quarta-feira.
O primeiro de dois aviões C-130 da Força Aérea Portuguesa, com uma Força de Reação Imediata constituída por 25 fuzileiros, dez elementos do Exército, três da Força Aérea e dois da GNR (equipa cinotécnica), é esperado hoje na Beira, para apoiar as operações de busca e salvamento.
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