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Episódio Mota Amaral evidencia "fragilização partidária" do PSD

O presidente do Governo dos Açores e presidente do PS na região, Vasco Cordeiro, declarou hoje que o episódio do avanço ou não de Mota Amaral na lista para as eleições europeias representou uma "fragilização partidária" do PSD.

Episódio Mota Amaral evidencia "fragilização partidária" do PSD
Notícias ao Minuto

13:44 - 21/03/19 por Lusa

Política Vasco Cordeiro

"Há uma clara fragilização partidária e há um perfeitamente escusado aproveitamento pessoal, pessoal no sentido do aproveitamento da pessoa", disse Vasco Cordeiro à agência Lusa, sem querer aprofundar comentários em torno de questões de outros partidos que não o seu.

Questionado sobre uma eventual fragilização institucional da figura do presidente do Governo dos Açores como resultado do impasse em torno do avanço ou não de Mota Amaral, o governante foi perentório: "Não acho que haja uma fragilização política e institucional da figura de presidente do Governo [Regional]".

E reiterou: "O que me parece é que há claramente aqui uma fragilização partidária e por essa área não quero entrar".

Vasco Cordeiro, que falava à margem de uma sessão numa escola na Maia, concelho da Ribeira Grande, assinalou novamente que seria importante para os Açores ter o maior número de vozes possível a "defender" a região na Europa, mas a confirmar-se a eleição de um só parlamentar açoriano, o candidato em causa, o socialista André Bradford, "está perfeitamente consciente dessa responsabilidade", acredita o líder do executivo regional e do PS/Açores.

O PSD/Açores anunciou já que não vai fazer campanha para as europeias de maio.

De acordo com a secretária-geral dos sociais-democratas açorianos, Sabrina Furtado, ao não integrar Mota Amaral em lugar elegível na lista do partido para o Parlamento Europeu, Rui Rio promoveu um "declarado e consciente ataque à autonomia dos Açores".

O líder nacional queria que o fundador do PSD e antigo presidente da Assembleia da República figurasse em oitavo lugar na lista, posição que, a avaliar pelas sondagens, não será elegível.

Mota Amaral e a estrutura regional do PSD recusaram aceitar o lugar indicado por Rui Rio e os Açores não indicaram nenhum outro nome para a lista nacional, o que acontece pela primeira vez em cerca de 30 anos.

Tradicionalmente, tanto o PS como o PSD asseguram lugares elegíveis para os Açores, mas desta vez o socialista André Bradford será, ao que tudo indica, o único com origem na região com assento no Parlamento Europeu.

Em coluna de opinião publicada esta semana na imprensa açoriana, Mota Amaral acusou a direção nacional do partido de lançar "borda fora" um "compromisso estrutural e histórico" com as autonomias dos Açores e da Madeira.

"O presidente do PSD, quando se deslocou aos Açores, na fase de campanha para as eleições internas para a liderança, expressamente respondeu, em sessão pública, que manteria a tradição de haver um candidato dos Açores em posição elegível na lista para o Parlamento Europeu. A sua credibilidade política fica assim debilitada perante os militantes, simpatizantes e potenciais eleitores do PSD na Região Autónoma dos Açores", sublinhou o histórico social-democrata.

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