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Destino do partido de Orbán "devia ser conhecido antes" de PE tomar posse

A decisão sobre a reintegração ou a expulsão do Fidesz do Partido Popular Europeu (PPE) deveria acontecer "preferencialmente" antes da tomada de posse do novo Parlamento Europeu, assumiu hoje o presidente do PSD, Rui Rio.

Destino do partido de Orbán "devia ser conhecido antes" de PE tomar posse
Notícias ao Minuto

13:25 - 21/03/19 por Lusa

Política Rui Rio

Horas depois de o partido do primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, ter sido suspenso do PPE e de ter sido criada uma comissão de avaliação para decidir sobre a reintegração ou expulsão do Fidesz da maior família política europeia, o líder social-democrata considerou que esta foi "a solução mais equilibrada e a mais sensata".

"Há uma suspensão de todos direitos que o partido de Viktor Orbán tem neste momento, há uma comissão de gente respeitável, com historial político e na Europa, que vai analisar aquilo que são as acusações e as dúvidas que há", observou.

O líder do grupo parlamentar do grupo conservador, Manfred Weber, explicou na terça-feira que a comissão de avaliação, que vai ser liderada pelo belga Herman Van Rompuy (ex-presidente do Conselho Europeu), fará, "a seu tempo, o "julgamento final", que pode resultar na reintegração do Fidesz ou na sua exclusão da maior família política europeia, que integra PSD e CDS-PP.

Hoje, à chegada à cimeira do PPE, Rio vincou que aquela comissão terá de avaliar se "há um compromisso" e, caso esse compromisso não seja possível, "naturalmente" o Fidesz terá de sair do grupo.

Questionado sobre se a decisão quanto ao destino do partido de Orbán deveria ser conhecida antes de o novo Parlamento Europeu, que resultará das eleições europeias de maio, tomar posse em 02 de julho, o presidente do PSD assumiu que "preferencialmente" sim.

A suspensão do Fidesz é ainda, na opinião de Rio, "um trunfo que o PSD pode usar, na medida que no Partido Socialista Europeu há problemas análogos, senão piores", nomeadamente na Eslováquia e Roménia.

"E o Partido Social Europeu não teve a coragem de fazer aquilo que o PPE fez em relação ao partido húngaro", apontou.

O PPE, a maior família política europeia, decidiu na terça-feira suspender "com efeitos imediatos" o Fidesz de Viktor Orbán, o que implica que o partido não pode apresentar candidatos a cargos no partido, votar em qualquer tipo de assembleia do PPE ou participar em reuniões partidárias.

A decisão, proposta pela liderança do partido, foi aprovada com 190 votos a favor, três contra e um nulo.

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