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Passes. "Os habitantes de Lisboa e Porto não pagam impostos?”

Deputado socialista reage às críticas que têm sido feitas à redução dos passes de transportes públicos.

Passes. "Os habitantes de Lisboa e Porto não pagam impostos?”
Notícias ao Minuto

10:20 - 21/03/19 por Melissa Lopes

Política Porfírio Silva

A mais recente medida do Governo relativa ao passe único tem suscitado muitas críticas à Direita. O líder do PSD considerou ser “muito injusto” afirmando não concordar que “todos os portugueses, incluindo os que vivem nos territórios mais pobres, paguem com os seus impostos a redução do preço dos passes em Lisboa”. O comentador Marques Mendes considerou tratar-se de uma medida que é “uma bomba eleitoral”.

Face às críticas, Porfírio Silva, do PS, diz que à Direita e a alguns comentadores – “que acham que têm a obrigação de criticar o Governo” - “não lhes interessa nada a importância de promover o transporte público, tanto em termos sociais como em termos ambientais”.

Estes, lembra, dizem que os contribuintes de todo o país pagam para os passes dos habitantes das áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto. Perante tais críticas, o socialista pergunta: “os habitantes de Lisboa e do Porto não são contribuintes? Os habitantes de Lisboa e do Porto não pagam impostos?”

E defende de seguida que, se todas as comunidades intermunicipais podem entrar no processo, beneficiando as suas populações, e estando a maior parte dos tais contribuintes nas áreas metropolitanas, não lhe parece “nada estranho que a medida seja mais volumosa nas áreas onde há mais utilizadores de transporte público [Lisboa e Porto]”.

O deputado concorda que “é preciso continuar a investir no transporte público, servindo todo o país”, mas constata que “a grande razão para certas críticas é, espante-se, o facto de a medida ser mesmo acertada”.

Por fim, resta uma dúvida a Porfírio Silva. “Não sei se a Comissão Nacional de Eleições vai proibir que se fale de passes, para não influenciar as eleições. Talvez tenhamos de falar em código, dizendo, por exemplo, ‘cebolas’ em vez de ‘passes’. Ou, sei lá, talvez ‘nabos’”, remata. 

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