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O PCP "só se comprometeu com o que podia cumprir, não engoliu sapos"

O líder parlamentar do Partido Comunista Português não tem dúvidas de que, nas próximas eleições legislativas, os portugueses vão ser capazes de reconhecer que medidas determinados partidos defenderam e conseguiram fazer aprovar.

O PCP "só se comprometeu com o que podia cumprir, não engoliu sapos"
Notícias ao Minuto

00:22 - 21/03/19 por Patrícia Martins Carvalho

Política João Oliveira

João Oliveira admitiu, na ‘Grande Entrevista’ da RTP3, que ao longo da legislatura “houve momentos de maior dificuldade em encontrar um caminho que permitisse a aprovação de algumas medidas”. Aliás, sublinhou, a discussão sobre as pensões foi uma delas, pois “não foi fácil”, uma vez que o PCP “ficou sozinho”.

No entanto, nos quase últimos quatro anos uma coisa é certa: o PCP não engoliu sapos e a explicação para tal não ter acontecido é simples. “Nós não nos comprometemos com nada com que não nos pudéssemos comprometer e, por isso, não engolimos sapos. Concordámos com o que tínhamos de concordar, discordámos do que tínhamos de discordar”, afiançou o deputado comunista.

Nesta senda, João Oliveira defendeu que “houve coisas muito relevantes que resultaram de propostas do PCP” e, por isso, não teme um desconhecimento da atuação do seu partido por parte dos portugueses até porque “há questões que são evidentes em relação a quem propôs, a quem tomou a iniciativa e a quem defendeu”.

“Durante anos apresentámos propostas para que os manuais escolares fossem gratuitos, conseguimos alcançá-lo e julgo que ninguém tem dúvidas relativamente à origem dessa proposta”, afirmou o deputado apontando ainda outras medidas como a “equiparação das reformas dos pedreiros ao regime dos mineiros, o combate à precariedade e o aumento das pensões”.

A menos de sete meses das eleições legislativas, João Oliveira assume que evitar uma maioria absoluta não só é um “objetivo que o PCP não pode perder de vista”, como é também um “elemento central da batalha eleitoral” que vão travar. Até porque, sublinhou, “não há uma experiência de maioria absoluta em Portugal que tenha sido positiva para o povo português”.

Recordando o sufrágio de 2015, o líder parlamentar comunista não tem dúvidas de que os eleitores têm claro que “cada voto que foi dado à CDU contou para todos os avanços que foram conseguidos” e, por isso, garante que o PCP “assumirá qualquer responsabilidade, inclusivamente governativa”, se essa for a vontade do povo. Para isso, lembrou, “é preciso que o povo [lhe] dê a força para isso”.

“Se tivermos condições para participar num governo que se comprometa com uma política que verdadeiramente responda às necessidades dos trabalhadores e do povo, assumiremos essa responsabilidade”, finalizou.

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