A Câmara Municipal de Lisboa pediu um parecer à Comissão Nacional de Eleições relativamente a um cartaz do Chega exposto na cidade, tal como noticiou o Expresso no último fim-de-semana. Agora, André Ventura veio a público criticar esta tentativa, garantindo a Fernando Medina que nem ele, nem o PS “mandam no país”.
Num vídeo publicado na sua página de Facebook, o líder do Chega começa por dizer que o facto de “um presidente de câmara pensar que pode retirar uma mensagem política de um grupo de pessoas organizado é, por si só, um sinal evidente e revelador do estado de coisas a que chegámos”.
E nesta senda alarga o rol de críticas ao Partido Socialista, quem acusa de “querer censurar o Chega”.
“Esta Geringonça, composta pelo PS e com o apoio do Bloco de Esquerda e do PCP, quer que o Chega desapareça”, lamenta Ventura, considerando que esta é a única justificação que encontra para o facto de se “ser capaz de solicitar um parecer à CNE para retirar os outdoors”.
A CNE, por sua parte, não permitiu tal decisão, frisando o direito à liberdade de expressão do ex-vereador da câmara de Loures. Foi o que “valeu à democracia”, atira Ventura, considerando ainda que a ‘nega’ dada à CML é sinal de que as “instituições ainda funcionam neste país”.
No entanto, sublinha, tal não deixa de ser uma “vergonha”.
“Os poderes públicos, em vez de se preocuparem em fazer o bem, preocupam-se em amordaçar os cidadãos, em calar os que pensam de forma diferente e em cuidarem apenas dos seus próprios interesses”, critica, rematando com um aviso: “Senhor presidente da câmara [de Lisboa] o Chega não se vai vergar. Não pense que manda, que o PS manda neste país. Não manda e o Chega vai mostrar isso já nas próximas eleições”.