Cristas diz "Governo está a colher o que semeou" com as greves na saúde
A presidente do CDS-PP, Assunção Cristas, afirmou hoje, no Porto, que o "Governo está a colher o que semeou", depois da ameaça de greve feita pelos médicos internos.
© Global Imagens
Política CDS
Em declarações aos jornalistas no final de uma reunião com o conselho de administração do Hospital São João, no âmbito do roteiro "pela sua saúde" a que se dedicou esta semana, a líder centrista insistiu na "falta de capacidade para dialogar" do Governo.
"A onda de greves, como de resto a onda de demissões na área da saúde a que temos vindo a assistir, mostram bem que o Governo tem tido muito pouca capacidade para dialogar e isto está diretamente ligado a uma forma de atuar que achamos condenável", disse Assunção Cristas.
Ou seja, é "um Governo que promete tudo, que dá uma aparência de que tudo está muito bem, de que a austeridade acabou", mas quando se chega aos hospitais e se percebe que "falta dinheiro para contratações, que elas não são permitidas, e falta dinheiro para investimentos" conclui-se haver "um logro que depois não cola com a realidade".
"Porventura, neste setor como noutros, o que há é uma enorme exaustão dos profissionais, que não conseguem, em muitos casos, progredir no sentido que lhes foi prometido ou cuja expectativa foi criada pelo próprio Governo", sublinhou.
"O Governo está a colher o que semeou", declarou a presidente do CDS-PP.
Da conversa com a administração do hospital São João, Assunção Cristas disse ter transmitido "a grande preocupação no que respeita ao nível do investimento anual adequado para um hospital" daquela dimensão e com as características que tem, necessário não só para a renovação das instalações.
A situação da ala pediátrica e a "reposição de equipamento" foram outras das questões abordadas no encontro, acrescentou.
A líder centrista lamentou também o facto de não ter sido ainda possível "recuperar e repor as horas todas que ficaram perdidas quando o Governo fez a passagem das 40 para as 35 horas [de trabalho semanal]", aspeto que rotulou de "crítico", tal como "a falta de médicos em algumas especialidades, nomeadamente, anestesia e radiologia".
Numa reunião em que também se falou das "dificuldades em poder cumprir tempos de espera adequados para as consultas e para as cirurgias", foi também debatida a "hipótese de utilização do mecanismo dos Centros de Responsabilidade Integrada que poderão, em ligação com estes centros de referência, com autonomia e flexibilidade", conseguir "fazer melhor" o trabalho.
Sobre a ala pediátrica, Assunção Crista disse recordar-se ainda de "ouvir a ministra da Saúde [Marta Temido] dizer que a obra estaria no terreno em janeiro", admitindo que o terá dito quando estava "certamente mal informada".
"O que queremos é que [a obra] possa começar o mais rápido possível, porque depois ainda demorará dois anos, se tudo correr bem", salientou Assunção Cristas.
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