Assunção Cristas esteve esta sexta-feira reunida com a administração do Hospital de São João, no Porto, e ouviu "mais uma vez, a grande preocupação no que respeita ao nível de investimento anual adequado para um hospital desta dimensão e com estas características".
Em declarações aos jornalistas depois da reunião, a líder do CDS explicou que, naquele hospital, falta investimento necessário "não só para a questão da renovação de instalações, mas também para as questões relacionadas com a reposição de equipamento caro, sofisticado e absolutamente necessário".
Além disso, prosseguiu, há também "preocupação com recursos humanos: médicos e enfermeiros". A este propósito, Assunção Cristas lembrou que "não houve ainda a possibilidade de recuperar e de repor as horas todas que ficaram perdidas quando o Governo fez a passagem das 40 para as 35 horas".
Outro aspeto "crítico" no São João, sinalizou, é a "falta de médicos em algumas especialidades, nomeadamente anestesia e radiologia". Cristas afirmou que, apesar de haver 15 centros de referência naquele hospital, a realidade é que há "dificuldades em poder cumprir com tempos de espera adequados para as consultas e para as cirurgias. "Aí o que nós vemos são tempos muito longos, bem acima do que a própria lei exige e recomenda", destacou.
Nesta reunião com a administração esteve também em cima da mesa a discussão de uma solução para os problemas apontados. E essa solução, explicou Cristas, passa pela "hipótese de utilizar o mecanismo dos centros de responsabilidade integrada que poderão, até em ligação com estes centros de referência, garantir que pode haver uma autonomia delegada nestes centros de responsabilidade que é possível fazer melhor".
A líder centrista recordou inclusive que o São João pertence ao lote de 11 hospitais que no quadro do Orçamento do Estado terão mais autonomia. Só que, criticou, "estamos a meio do mês de março e ainda não há um processo concluído que garanta essa autonomia".
Outro dos temas abordados foi a ala pediátrica, sendo a expetativa da admnistração que a obra possa começar no final do ano. "Ainda me recordo de ouvir a ministra da saúde a dizer que a obra estaria no terreno em janeiro, certamente mal informada", atirou.