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Impedido de participar em debate, Francisco Assis demite-se de cargo

O eurodeputado socialista Francisco Assis demitiu-se do cargo de coordenador da Assembleia Parlamentar Euro-Latino-American (EuroLat).

Impedido de participar em debate, Francisco Assis demite-se de cargo
Notícias ao Minuto

10:26 - 13/03/19 por Filipa Matias Pereira e Patrícia Martins Carvalho com Lusa

Política Europa

Depois de alegadamente ter sido "impedido de participar" num debate de urgência no Parlamento Europeu sobre a Venezuela, que teve lugar esta terça-feira, Francisco Assis demitiu-se do cargo de coordenador da Assembleia Parlamentar Euro-Latino-American (EuroLat). A informação, avançada num primeiro momento pelo Observador, que teve acesso à carta de demissão, foi confirmada pela assessoria do eurodeputado ao Notícias ao Minuto

Considera o socialista que a sua "dignidade parlamentar e pessoal” foi posta em causa. Explica ainda o Observador que no referido debate, quando Francisco Assis pediu para falar,  o grupo parlamentar a que pertencem os eurodeputados do PS não lhe deu autorização, alegando que não se tinha inscrito para esse efeito. Fonte próxima de Francisco Assis disse ao meio de comunicação que tal nunca tinha acontecido até agora. 

A carta de demissão foi entregue ao presidente do Grupo da Aliança Progressista dos Socialistas e Democratas, Udo Bullmann, ainda na terça-feira. 

"Era o coordenador para o EuroLat dos socialistas e a verdade é que não me permitiram falar num debate sobre a Venezuela. Foi a primeira vez que isso aconteceu, eu falei em todos os debates", afirmou, entretanto, Francisco Assis, falando aos jornalistas portugueses à margem da sessão plenária do Parlamento Europeu, que decorre em Estrasburgo.

Para o eurodeputado, "a responsabilidade direta é de quem" não o deixou falar, isto é, a Aliança Progressista dos Socialistas e Democratas (S&D, sigla em inglês).

Porém, de acordo com Francisco Assis, foram dadas "justificações plausíveis".

Confrontado com esta situação, o também eurodeputado socialista Pedro Silva Pereira vincou que "a delegação do PS não tem nenhuma interferência na distribuição dos tempos de intervenção" na sessão plenária, rejeitando responsabilidades da bancada socialista neste caso.

"Isso é uma questão entre o deputado Francisco Assis e a direção do grupo parlamentar socialista europeia aqui no Parlamento Europeu", salientou, afirmando, porém, desconhecer "os termos desse processo" de demissão.

O debate de urgência sobre a Venezuela decorreu na terça-feira à tarde em plenário, sendo que quem interveio pelo PS foi a eurodeputada Ana Gomes.

Paulo Rangel (PSD), José Inácio Faria (eleito pelo MPT) e João Pimenta Lopes (CDU) foram os outros eurodeputados portugueses que discursaram.

O debate surgiu numa altura de crise política na Venezuela, que se agravou desde o passado dia 23 de janeiro, quando Juan Guaidó se autoproclamou Presidente da República interino e declarou que assumia os poderes executivos de Nicolás Maduro.

[Notícia atualizada às 11h42]

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