"Da parte do Partido Comunista Português, quero garantir com uma grande tranquilidade que aquilo que existe no partido é o cumprimento integral das exigências que as leis, normas e regimento que a Assembleia da República coloca. Pela nossa parte não são necessárias quaisquer medidas especiais ou medidas a somar às que existem para que a lei seja cumprida", frisou Jerónimo de Sousa.
O líder comunista falava aos jornalistas no Cais do Sodré, em Lisboa, após ter efetuado a travessia fluvial com ligação Seixal, onde afirmou que "não pode falar pelos outros" partidos, mas que os deputados eleitos pelo PCP estão em condições de responder "à exigência da legalidade e à transparência necessária".
O secretário-geral do PCP referia-se à notícia avançada hoje pelo Jornal de Notícias, de que Parlamento vai avançar com uma proposta legislativa de aumento do escrutínio financeiro a políticos ministros, deputados, autarcas, juízes e magistrados judiciais que ocultem ou falhem nas atualizações de declarações de rendimentos, o que poderá ser punível com pena de prisão até três anos.
Ainda assim, Jerónimo de Sousa admitiu não conhecer o "conteúdo das sanções", nem de "quem são", mas sublinhou que tais medidas não seriam aplicadas ao PCP.