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Depois do passe único e descida do valor, falta "melhorar a oferta”

O secretário-geral do PCP viajou esta segunda-feira no transporte fluvial do Tejo, entre Almada e Lisboa, reafirmando que o novo passe social deve ser complementado com o "aumento da oferta" em todos os meios de transporte público.

Depois do passe único e descida do valor, falta "melhorar a oferta”
Notícias ao Minuto

09:55 - 11/03/19 por Filipa Matias Pereira com Lusa

Política Jerónimo de Sousa

Jerónimo de Sousa teve um início de dia diferente. Nesta manhã de segunda-feira, o líder comunista fez uma travessa fluvial operada pela Transtejo entre Almada, no distrito de Setúbal, e o Cais do Sodré, em Lisboa. Jerónimo de Sousa pretendeu assim assinalar o facto de, a partir do dia 1 de abril, 18 concelhos da Área Metropolitana de Lisboa (AML) terem um passe único, no valor máximo de 40 euros, permitindo uma poupança que, para milhares de passageiros, pode ultrapassar os 100 euros mensais.

Esta mudança tem, no entendimento do líder comunista, “grande relevância que está relacionada com a vida de centenas de milhares de utentes dos transportes públicos, tendo em conta as alterações que decorrem do passe intermodal, nomeadamente o seu alargamento a toda a área metropolitana, a todas as carreiras, a todos os operadores".

Esta realidade "vai significar uma redução de grande significado para as famílias, para os utentes do respetivo passe social”. Durante muito tempo “estivemos na Assembleia da República para conseguir votar essa proposta de embaratecimento do passe intermodal”, recordou em declarações à SIC Notícias. 

Com a concretização desta medida, torna-se agora imperioso “melhorar a oferta” a diversos níveis, nomeadamente terrestre, ferroviário e fluvial.

"Medida tomada, decisão acertada, benefício para os utentes, agora é preciso complementar com uma questão importantíssima que é aumentar a oferta. Se as pessoas hoje têm melhores condições para usar o passe intermodal, naturalmente que a oferta tem que aumentar, tem que haver os transportes correspondentes tanto ferroviários, como terrestres ou fluviais, que incorporem e se harmonizem com este avanço", defendeu Jerónimo de Sousa.

Já em 14 de fevereiro, Jerónimo de Sousa tinha advertido, após fazer a ligação fluvial entre o Seixal e o Cais do Sodré, que a redução de preços nos passes deveria ser acompanhada por mais navios e contratação de trabalhadores.

Também hoje, apesar de considerar que o aumento da oferta deve ser transversal em todos os transportes, o secretário-geral do PCP frisou que é necessário o "reforço de barcos" e uma aposta na "manutenção e reparação", enquanto não chegam os novos catamarãs.

"Há um concurso perspetivado, mas ainda distante no tempo. Nós consideramos que a manutenção e reparação são medidas que não resolvem, mas evitam os problemas maiores que têm acontecido na zona dos barcos, em que por vezes chega a estar a circular um ou dois navios, o que é claramente insuficiente", explicou.

Em fevereiro foi publicado em Diário da República o concurso para a aquisição e manutenção de dez novos navios para a Transtejo, num investimento de 89,9 milhões de euros, dos quais cerca de 57 milhões de euros para a aquisição de barcos e 33 milhões para a manutenção.

Segundo o secretário de Estado Adjunto e da Mobilidade, José Mendes, prevê-se que o primeiro catamarã entre em circulação no final do próximo ano, entrega de três navios em 2021 e seis "ao ritmo de dois em cada ano", ficando o processo concluído em 2024.

A falta de navios e a supressão de ligações são dois dos problemas apontados à Transtejo, contudo, hoje pelas 08h30 a viagem decorreu sem contratempos.

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