"A desigualdade há-de acabar um dia, mas não vai acabar sem luta"
João Ferreira foi uma das presenças na marcha contra a violência doméstica em Lisboa. Salienta a discriminação de género no trabalho.
© Global Imagens
Política João Ferreira
Lisboa, tal como outras cidades do país, está a ser palco de uma manifestação contra a violência doméstica. A marcha na capital foi organizada pelo Movimento Democrático das Mulheres e está a juntar milhares de pessoas. João Ferreira, eurodeputado da CDU, foi uma das pessoas que saiu à rua para se manifestar contra a violência doméstica e a favor da igualdade de género.
Em declarações à SIC Notícias, João Ferreira referiu que “continuamos a assistir a manifestações grotescas de desigualdade que já não esperávamos encontrar” e considerou que a “igualdade é um combate do nosso tempo”.
“A desigualdade há-de acabar um dia, mas não vai acabar sem luta. Mas esta não é luta para se fazer num dia, continuará amanhã e depois de amanhã”, frisou o eurodeputado.
João Ferreira disse depois que “a desigualdade expressa-se de múltiplas formas, desde logo no trabalho”.
“Na União Europeia as mulheres ganham em média menos 17% do que os homens. Têm de fazer muito mais esforço mas ganham menos. Em Portugal essa diferença é ainda mais acentuada. Se olharmos para as pensões de reforma essa desigualdade pode chegar aos 40%. A discriminação no trabalho é muito notória, sendo que prejudica muito as mulheres. Mas no fundo isso prejudica todos os trabalhadores porque é usado para desvalorizar a generalidade dos salários”, afirmou.
O eurodeputado comunista falou ainda do trabalho que tem sido feito no Parlamento Europeu na luta contra a desigualdade, mas lamenta que “muitas propostas têm ficado no papel”.
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