Bloco escusa-se a comentar alegado pedido de desculpas no caso Jamaica
A coordenadora do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, escusou-se hoje a comentar o alegado pedido de desculpas de Portugal a Angola no âmbito do caso Jamaica, preferindo sublinhar as mudanças no regime angolano no sentido da democracia.
© Global Imagens
Política Catarina Martins
Em causa está o incidente entre moradores angolanos daquele bairro, no concelho do Seixal, e a polícia, ocorrido em 20 de janeiro, e que deu origem depois a uma manifestação realizada em Lisboa, em que se registaram incidentes entre manifestantes e polícias. Os incidentes naquele bairro do distrito de Setúbal foram alvo de um inquérito, entretanto aberto pelo Ministério Público.
Questionada pelos jornalistas a propósito da polémica entre Portugal e Angola sobre o alegado pedido de desculpas no caso do Bairro da Jamaica, Catarina Martins escusou-se a falar sobre o assunto, referindo apenas que o BE está a acompanhar a visita do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, a Angola.
"Estamos presentes, acompanhando essa expectativa do povo angolano. E é isso que nos interessa. Tudo o resto, julgo, não tem aqui lugar", afirmou.
A líder do BE diz olhar "com muita expectativa para mudanças no regime angolano no sentido da democracia", bem como pelo "respeito pelas liberdades políticas e liberdades individuais".
"Fomos sempre solidários com o povo angolano na sua luta por uma democracia plena", concluiu.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros português esclareceu segunda-feira os contornos da posição assumida junto das autoridades angolanas sobre os incidentes no bairro Jamaica sem nunca referir um pedido de desculpas, como foi divulgado pelo Governo de Luanda.
Marcelo Rebelo de Sousa iniciou hoje o primeiro dia de visita de Estado a Angola, onde já participou numa conferência de imprensa com o seu homólogo angolano, João Lourenço, afirmando que cerca de dois terços da dívida certificada de Angola a empresas portuguesas está a ser paga.
Segundo o chefe de Estado português, registaram-se "muitos avanços" na delimitação do universo total de dívida, na certificação e no pagamento, "avanços de visita para visita - mas não avanços por causa das visitas, há avanços porque no terreno se vai avançando".
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