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PAN sem "caras famosas" demarca-se de campanhas de ataques pessoais

Um partido sem "caras famosas" e que quer debater propostas e factos, sem "atacar pessoas ou coletivos", é o fator diferenciador do PAN nas próximas eleições europeias, nas quais quer ser "uma força política a ter em consideração".

PAN sem "caras famosas" demarca-se de campanhas de ataques pessoais
Notícias ao Minuto

13:02 - 03/03/19 por Lusa

Política Francisco Guerreiro

Em entrevista à agência Lusa a propósito das eleições europeias de 26 de maio, o cabeça de lista do PAN, Francisco Guerreiro, deixa um apelo claro à participação dos eleitores, "independentemente de votarem num ou noutro partido", porque "não é só o futuro de Portugal que está em jogo", mas também a Europa e o projeto europeu.

"Nós gostamos muito de debater propostas, de debater factos, mas não atacar pessoas, não atacar coletivos. É aí claramente que nos demarcamos, portanto, obviamente que somos uma força política a ter em consideração porque temos uma comunicação completamente diferente dos outros partidos e isso os cidadãos também valorizam", destaca.

Com uma "candidatura jovem", o PAN quer "estar muito próximo das pessoas" e tem o objetivo de "fazer política através de pontes, ou seja, não crispando muitas vezes o diálogo político".

"Não somos um partido de caras famosas, de caras conhecidas. Somos um partido que tem trabalhado muito e tem vingado pelo seu trabalho", distingue.

Questionado sobre os restantes candidatos, Francisco Guerreiro aponta que são "personalidades muito vincadas dentro das estruturas partidárias", criticando o facto de representarem "o mesmo paradigma".

"Obviamente com divergências a nível ideológico, mas que no fundo, na base da estrutura do pensamento político-partidário, eles representam um bocadinho o mesmo", afirma.

Olhando para a forma como estes partidos comunicam as prioridades, na opinião do cabeça de lista do PAN "raramente se vê a questão das alterações climáticas como a base da economia, de um futuro sustentável ou de emprego jovem".

"O que nós vemos é sempre um discurso muito economicista e produtivista por trás destas linhas tradicionais, o que representa também um bocadinho a visão antropocêntrica do mundo em que o ser humano está no centro e depois daí emanam todas as políticas", condena.

Prioritário para Francisco Guerreiro é "repensar este modo como se está também na sociedade e na política", não pondo o ser humano "no centro de todas estas dinâmicas, mas reconhecendo que há um bem mais alargado, nomeadamente a proteção do ambiente e a relação com os restantes animais, que condiciona também a economia".

"Ou seja, nós devemos partir do pressuposto contrário que a economia deve ser sempre circular e nunca o inverso", aponta.

Com uma "taxa de abstenção cada vez maior", o PAN quer "trazer as pessoas a debater ideias, a debater projetos e a debater o futuro da Europa".

"Isso faz-se também no terreno, abrindo completamente o debate a todas as matérias. Não nos circunscrevemos a matérias comuns, que são realmente importantes, mas que são tendencialmente as mesmas", explica.

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