PSD acusa Moreira de "inaceitável" tentativa de condicionar media
O PSD acusou hoje o presidente da Câmara do Porto de "inaceitável tentativa de condicionamento da comunicação social", alertando que, se persistir, será alvo de "participação à ERC [Entidade Reguladora da Comunicação Social], Provedor de Justiça e Ministério Público".
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Política Porto
"O PSD do Porto não se cala perante insultos a jornalistas, diretores de jornais e órgãos de comunicação social. O Porto é uma cidade de liberdade. Não tem donos nem senhores feudais", afirma em comunicado a comissão política concelhia do PSD/Porto, presidida por Hugo Neto.
De acordo com os social-democratas, "se Rui Moreira [presidente da Câmara do Porto] persistir neste caminho, não restará ao PSD do Porto outra alternativa que não seja a participação à ERC, ao Provedor de Justiça e ao Ministério Público de comportamentos que não honram o Porto nem quem os pratica".
Contactada pela Lusa, a Câmara do Porto nota que "o direito à livre opinião está consignado na Constituição da República e não é um exclusivo da oposição".
O PSD considera que "a cidade do Porto tem assistido a uma inaceitável tentativa de condicionamento da comunicação social por parte de Rui Moreira, dos seus colaboradores e apoiantes".
Os social-democratas observam que, "depois de, em 2018, ter marcado a agenda com uma inaceitável declaração de guerra à Agência Lusa, Rui Moreira tem, nas últimas semanas, concentrado os seus esforços bélicos em críticas e ataques ao jornal Público".
"A Câmara do Porto, Rui Moreira e o seu gabinete de comunicação têm, sucessivamente, sido cabalmente desmentidos em muitas das declarações públicas que fazem", observam.
Para o PSD, "as estratégias de comunicação com recurso a cortinas de fumo, à mentira e à calúnia não são aceitáveis numa autarquia com a história da cidade".
Questionada pela Lusa, a autarquia diz que "não sabe a que se refere o PSD", que é "livre de apresentar as queixas que muito bem entender".
Na resposta do gabinete de comunicação, acrescenta-se que a Câmara do Porto "exerce os seus direitos e o presidente da Câmara responderá sempre em juízo e fora dele pelos seus atos, não precisando para isso da autorização do PSD".
"O PSD do Porto não aceita que recursos e meios autárquicos, pertença de todos os portuenses, sejam usados nesta pseudo-guerra mediática", dizem os social-democratas.
O PSD descreve que, "ao longo dos últimos meses, a Câmara do Porto e o seu presidente têm estado em conflito permanente com todas as instituições com que se relacionam".
"Tribunal de Contas, Direção Regional de Cultura, APDL [Administração dos Portos do Douro e Leixões], Associação Nacional de Municípios, autarquias vizinhas são apenas alguns dos mais recentes exemplos", indicam.
De acordo com o PSD, "é uma vergonha que tenham que ser o Ministério Público, o Supremo Tribunal de Justiça e acórdãos dos Tribunais a clarificar a verdade em casos como o da Selminho, da Arcada ou de Montebelo, desmentindo comunicados e declarações públicas de responsáveis autárquicos".
"O PSD do Porto não vai encolher os ombros quando o último alvo escolhido pela Câmara é a comunicação social", asseguram.
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