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Na questão dos professores "quem está a ser um obstáculo é o Governo"

Jerónimo de Sousa acusa o Governo de estar a “teimar” em não responder positivamente às reivindicações dos docentes.

Na questão dos professores "quem está a ser um obstáculo é o Governo"
Notícias ao Minuto

11:15 - 26/02/19 por Natacha Nunes Costa com Lusa

Política Jerónimo de Sousa

Jerónimo de Sousa acusou, esta terça-feira, o Governo liderado por António Costa de se esconder atrás da legislação para não chegar a um acordo com os sindicatos dos professores que reivindicam a descongelação de mais de nove anos de serviço.

Para o secretário-geral do PCP, que falou aos jornalistas à margem de uma visita ao Salão do Setor Alimentar e Bebidas (SISAB 2019), que se realiza até esta quarta-feira, em Lisboa, os docentes já mostraram uma “grande disponibilidade” para negociar, o Executivo é que “teima e não responder positivamente”.

“Existe uma grande disponibilidade por parte dos professores. Agora tem de haver vontade política, fundamentalmente, do Governo do PS. É preciso concretizar aquilo que o Orçamento de Estado refere como grande linha, concretizar aquilo que é uma reivindicação perfeitamente justa e fundamentada. Aqui o problema, quem está a ser o obstáculo, é o Governo, não é a ausência de legislação, é o Governo que teima em não responder positivamente”, referiu o líder dos comunistas, acrescentando que éum "erro" o Executivo não chegar a acordo com vários setores elementares.

"Pensamos que o Governo comete um erro ao não atender e responder às reivindicações justas e legítimas e dar resposta a um problema muito sentido por setores da sociedade portuguesa", afirmou, alargando a necessidade de diálogo a classes como os enfermeiros, magistrados ou forças de segurança.

Na reunião negocial de segunda-feira entre sindicatos e representantes dos ministérios da Educação e das Finanças as propostas mantiveram-se inalteradas dos dois lados: Os professores exigem a recuperação de cerca de nove anos e o Governo diz só poder devolver cerca de três anos.

Nessa ocasião, o ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, defendeu que a proposta apresentada aos sindicatos cumpre a lei, sublinhando que o programa do Governo não previa a recuperação do tempo de serviço congelado aos professores.

No final do encontro, ambos acusaram o outro lado de "intransigência", com os professores a questionarem se valerá a pena regressar às negociações e o ministro da Educação a reafirmar que se o Governo fosse mais longe poria em causa a sustentabilidade orçamental.

"A Venezuela tem um problema, tem petróleo para 500 anos"

Já quanto à Venezuela, Jerónimo de Sousa frisa, mais uma vez, que o que está em causa é “o direito à soberania de um povo” e que são os venezuelanos que “têm o direito de decidir o seu destino coletivo, sem ingerências e ameaças”.

“É inaceitável assistirmos a ameaças claras de invasão, de agressão militar, num povo que encontrará com certeza as melhores respostas. É inadmissível”, refere.

O líder do PCP recorda ainda que “o senhor Trump” que em tempos era considerado, pela opinião pública em geral, “um doido, um maluco perigoso”, de repente passou a ser “o senhor imperial” que decide ameaçar aquele povo com um conflito à revelia da maioria da opinião da comunidade internacional.

“Os EUA não estão nada preocupados com a democracia, não estão nada preocupados com qualquer ajuda humanitária, o senhor Trump está é a tentar criar ali mais uma zona de influência à custa de recursos, porque a Venezuela tem um grande problema, tem petróleo para 500 anos, e tem o maior filão  de ouro do mundo. Este é um problema sério, é isso que anima o senhor Trump e não um sentimento humanitário”, conclui.

O líder da Assembleia Nacional da Venezuela, Juan Guaidó, autoproclamou-se em 23 de janeiro Presidente da República interino e declarou que assumia os poderes executivos de Nicolás Maduro.

Nicolás Maduro, 56 anos, no poder desde 2013 denunciou a iniciativa do presidente do parlamento como uma tentativa de golpe de Estado liderada pelos Estados Unidos.

Guaidó, 35 anos, contou de imediato com o apoio dos Estados Unidos e prometeu formar um governo de transição e organizar eleições livres. A maioria dos países da União Europeia, entre os quais Portugal, reconheceram Guaidó como Presidente interino encarregado de organizar eleições livres e transparentes.

Na Venezuela vivem cerca de 300 mil portugueses ou lusodescendentes.

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