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Liga Árabe: "Caminho que tem de se fazer com diálogo e não com bloqueio"

O caminho para superar as divergências de interpretação em matéria de direitos humanos entre a União Europeia (UE) e a Liga Árabe tem de ser feito com diálogo e não com um bloqueio, defendeu hoje o primeiro-ministro.

Liga Árabe: "Caminho que tem de se fazer com diálogo e não com bloqueio"
Notícias ao Minuto

16:23 - 25/02/19 por Lusa

Política António Costa

António Costa, que falava aos jornalistas no final da primeira cimeira UE-Liga Árabe, em Sharm el-Sheikh, no Egito, afirmou que, em matéria de respeito pelos direitos humanos no mundo árabe, "o caminho vai-se fazendo caminhando".

"Em muitos destes países, esse progresso está a ser feito. Na Europa, também não foi algo que surgiu de forma natural, foi uma construção humana. É uma construção relativamente à qual temos de fazer progressos", sublinhou.

O primeiro-ministro português ressalvou, todavia, que a União Europeia não pode "transigir na base de uma diluição multiculturalista daquilo que são direitos fundamentais de seres humanos, desde logo a igualdade de género que tem de ser protegida em todo o mundo e que é impossível de relativizar".

"Mas é um caminho que tem de se fazer com diálogo e não com um bloqueio", insistiu.

António Costa congratulou-se ainda pela "boa declaração" resultante da histórica cimeira e recusou que o encontro na estância balnear no mar Vermelho tenha servido para quebrar o gelo entre os dois blocos.

"Por mais alterações climáticas que haja, não faz sentido que haja gelo precisamente no Mediterrâneo", brincou.

A primeira cimeira entre a UE e a Liga Árabe terminou hoje em Sharm el-Sheikh, no Egito, com os 49 países dos dois blocos a superarem as divergências e a subscreverem uma declaração conjunta com intenções de compromissos para o futuro.

Da vasta agenda da reunião constaram temas tão díspares como o aprofundamento da cooperação económica e comercial em setores como a energia, a ciência, a investigação, o turismo, a pesca e a agricultura, o combate às alterações climáticas, o multilateralismo, os desafios regionais causados pela instabilidade na Síria, Líbia e Iémen, e pelo processo de paz no Médio Oriente, a luta contra o terrorismo, e, sobretudo, as migrações.

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