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Moção do CDS? PSD é que saiu mal: "Ficou como o tolo no meio da ponte"

Joaquim Jorge analisa a moção de censura apresentada pelo CDS e que foi rejeitada esta quarta-feira.

Moção do CDS? PSD é que saiu mal: "Ficou como o tolo no meio da ponte"
Notícias ao Minuto

16:25 - 21/02/19 por Filipa Matias Pereira

Política Joaquim Jorge

Três hora e meia de um debate com troca de argumentos, ora à Esquerda, ora à Direita. No final, confirmou-se o que já se previa: a rejeição da moção de censura proposta pelo CDS. Nasceu sem expectativa de ‘vingar’ e o cenário veio mesmo a verificar-se: PS, BE, PCP, Verdes, PAN e Paulo Trigo Pereira votaram contra. Já o PSD comungou da vontade do CDS e disse ‘sim’ à moção de censura.

Esta iniciativa foi, aos olhos de Joaquim Jorge, “um bom momento de afirmação do CDS à direita do PS”. De facto, acrescenta ainda num texto enviado à redação do Notícias ao Minuto, “ninguém a levou a sério, mas teve que ser discutida e muitas perguntas embaraçaram António Costa. Muitos portugueses reveem-se nas críticas do CDS ao Executivo”.

Quem, no entendimento do fundador do Clube dos Pensadores se saiu mal “foi o PSD, que ficou como o tolo no meio da ponte, sem saber para que lado ir. Por um lado, desvalorizou a iniciativa, mas por outro lado, votou a favor”. Ora, como advoga, “o PSD só tinha que se abster depois de tudo que foi dito, quer por Rui Rio, quer no dia da moção por David Justino”.

Já “o apoio do Bloco de Esquerda e do PCP para rejeitar esta moção deu azo a novas reivindicações, sugestões para vários entendimentos, quer com professores quer com enfermeiros”, revela ainda o biólogo.

Tecendo uma análise de fundo, no cômputo geral esta moção “foi boa para o CDS e para afirmação de Assunção Cristas, marcando posição para as eleições legislativas”. Já “Rui Rio não esteve presente por não ser deputado, mas quem gostaria de ter estado presente era Pedro Santana Lopes”.

Moral desta moção: “Falem bem ou falem mal, mas falem de mim (CDS)”. “Foi uma boa ideia de marketing e uma demarcação do Governo PS para o presente e para o futuro, e também uma demarcação do PSD que foi obrigado a definir-se, apesar de ter votado a favor da moção de uma forma envergonhada. Esta moção mostra que haverá uma luta pela hegemonia da direita no futuro”.

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