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"Não podemos falar com tanta certeza da Europa connosco como há 40 anos"

O antigo secretário-geral do PS Ferro Rodrigues considerou hoje que a grande missão dos socialistas é lutar "pela sobrevivência" do projeto europeu e lamentou já não haver tanta certeza no princípio da 'Europa connosco'.

"Não podemos falar com tanta certeza da Europa connosco como há 40 anos"
Notícias ao Minuto

18:10 - 16/02/19 por Lusa

Política Ferro Rodrigues

Ferro Rodrigues, presidente da Assembleia da República, fez um discurso centrado no ataque aos fenómenos populistas em ascensão em vários países da União Europeia, sustentando mesmo que, no seu conjunto, são uma reedição da "velha extrema-direita autoritária e racista".

Na sua intervenção, o líder do PS entre 2002 e 2004 referiu-se ao 'slogan' usado pelo seu partido durante a década de 1970 nos tempos de Mário Soares: 'A Europa connosco'.

"Hoje já não podemos falar com tanta certeza da Europa connosco como há 40 anos. De fora da Europa, mas também do interior da União Europeia, surgem movimentos apostados em destruir o projeto europeu, que tem representado a paz, a democracia e o desenvolvimento deste velho continente", disse.

De acordo com Ferro Rodrigues, nesta conjuntura política, as próximas eleições europeias de 26 de maio são as mais importantes de sempre.

"Os portugueses podem contar que a Europa é connosco, a Europa é com o PS. Depois dos combates que travámos pela democracia e pelo desenvolvimento em Portugal, temos agora de lutar por algo que não depende só de nós, mas em que teremos de mobilizar todas as nossas forças: A carta de missão do PS é lutar pela sobrevivência e renovação do projeto europeu", advogou.

Para Ferro Rodrigues, os novos movimentos populistas "não são mais do que as novas vestes da velha extrema-direita racista, autoritária e violenta".

"O populismo esconde deliberadamente as verdadeiras causas das desigualdades sociais e territoriais, escolhendo alvos fáceis o imigrante, a Europa ou as identidades minoritárias. As condições de vida não passam por divisões simplistas entre povo e governantes, entre cosmopolitas e patriotas", acentuou o presidente da Assembleia da República.

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