"O copo meio cheio". Como Marcelo encara os dados da economia portuguesa
Marcelo Rebelo de Sousa manifesta-se preocupado com a evolução da economia europeia - da qual Portugal depende - mas destaca "o copo meio cheio" dos dados do PIB divulgados esta quinta-feira.
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Economia Notícias
O Presidente da República comentou os dados relativos ao PIB revelados esta quinta-feira e que dão conta de que a economia cresceu 2,1%, abaixo da previsão do Governo que era de 2,8%. Marcelo prefere ver o “copo meio cheio”.
Ou seja, tendo em conta que a “Europa está em desaceleração no seu crescimento, que já se temia no final do ano anterior e que se confirmou”, os dados sobre a economia portuguesa são, para o Presidente, uma notícia “razoável”.
“Infelizmente, dentro da Europa, a Alemanha teve uma desaceleração muito clara no final do ano anterior, não dá para ser uma recessão mas é uma desaceleração até um pouco inesperada”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa em declarações aos jornalistas.
Lembrando que “dependemos muito da Europa”, Marcelo confessou que temia que o panorama geral significasse “menos do que aquilo que foi conhecido hoje”. Isto é, “temia que [o PIB] ficasse mais perto de 2% do que de 2,1%”, confidenciou.
Por outro lado, prosseguiu o Presidente, “devo admitir que nos últimos dois meses do ano anterior pesou em termos de exportações, onde realmente há uma ligeira descompensação em relação ao consumo e ao investimento, o que se passou com as exportações em Sines.
Sintetizando as suas preocupações em relação à evolução da economia portuguesa, o Presidente afirmou ser “preocupante a evolução europeia”, da qual Portugal depende. Todavia, “aquilo que, apesar de tudo, é reconfortante é Portugal estar a aguentar melhor do que a média dos países da zona Euro e do que a média dos países da UE”.
“E se for assim, como aparenta ser, é dentro da má notícia europeia, uma notícia razoável, o tal copo meio cheio para Portugal”, finalizou.
Por outro lado, questionado pelos jornalistas sobre a isenção fiscal da Universidade Católica, tema que a TVI trouxe para a ordem do dia, Marcelo apenas referiu que esta instituição, como muitas outras entidades privadas (fundações e associações) tem o estatuto de utilidade pública o que lhe atribui um regime fiscal próprio.
Já acerca do conflito entre a ADSE e os grupos privados de saúde, o Presidente da República mostrou-se esperançoso num entendimento entre as partes e sublinhou que “é preciso bom senso e capacidade de entendimento” para que se chegue a uma conclusão comum.
Por fim, sobre a ameaça dos professores de fazerem greve no 3º. período, caso não haja entendimento com o Governo, Marcelo disse que apenas se pronuncia sobre diplomas que lhe cheguem às mãos e só há diplomas, frisou, "se antes houver vontade de as partes falarem". "Espero até ao momento em que haja a possibilidade de o PR intervir, se for caso disso", assim arrumou o assunto.
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