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Catarina Martins lança farpas à Galp: "Está a abusar dos trabalhadores"

A líder do Bloco de Esquerda juntou-se ao protesto dos funcionários da Petrogal.

Catarina Martins lança farpas à Galp: "Está a abusar dos trabalhadores"
Notícias ao Minuto

11:40 - 14/02/19 por Filipa Matias Pereira

Política Bloco de Esquerda

Os funcionários da Petrogal estão concentrados junto à refinaria em protesto. Esta é, aliás, uma reivindicação que se mantém há mais de um mês. Esta quinta-feira, Catarina Martins juntou-se aos trabalhadores e, em declarações aos jornalistas, a líder partidária 'atacou' a Galp, “uma das maiores empresas do país, que tem mais lucro, que maior dividendo tem distribuído aos seus acionistas e que está a abusar dos trabalhadores”.

Na sua ótica, há duas situações fulcrais de abuso. Por um lado, “a empresa está a acabar com o contrato coletivo de trabalho para que os trabalhadores efetivos tenham menos direitos. Por outro, recorre a ‘outsourcing’ e a trabalhadores precários".

A bloquista referiu ainda que teve oportunidade de falar com “pessoas que há mais de 40 anos estão na situação de precariedade e é inadmissível”. Para o Bloco de Esquerda, defendeu, “esta é uma greve exemplar que dura há mais de um mês e meio. Estes trabalhadores têm estado unidos e o que têm feito tem sido importantíssimo para o país. O que estão a dizer é que quem trabalha é quem cria a riqueza, constrói o país e deve ser respeitado. Não aceitam a precariedade, nem o fim do contrato coletivo, com menos direitos para quem vive do trabalho”.

O trabalho que, neste domínio, é necessário realizar é, advogou, “de responsabilidade política”. Com efeito, “está a ser debatido no Parlamento um pacote legislativo grande sobre o trabalho e para o Bloco de Esquerda há três prioridades claras”. A primeira “é proteger a contratação coletiva, acabando com a caducidade unilateral, que é o que permite à Galp estar a fazer chantagem com estes trabalhadores. E ao mesmo que distribui cada vez mais dividendos aos acionistas, quer baixar os seus direitos e salários”.

Há ainda, como realçou Catarina Martins, uma luta contra “a precariedade e contra o abuso do outsourcing que faz com que haja trabalhadores com salários diferentes na mesma empresa. Um terceiro ponto prende-se com a legislação do trabalho por turnos”, já que os trabalhadores afetos a este regime têm “uma vida particularmente penosa e é necessário que, do ponto de vista da idade do acesso à reforma, da remuneração e do descanso, tenham uma proteção especial”.

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