"Lembro-me de, no parlamento, o senhor primeiro-ministro me ter dado a garantia a mim - e o CDS apresentava uma proposta nesse sentido -- de que o acordo alcançado em sede de Concertação Social para aumentar o salário mínimo não ia prejudicar o setor social porque os acordos iriam ser atualizados", disse.
Assunção Cristas, que falava em Portalegre no encerramento da sessão "Ouvir Portugal, responsabilidade Social", promovida pelo partido, referiu ainda que, o chefe do executivo, o socialista António Costa, garantiu na altura que "não era necessário" uma lei aprovada no parlamento, porque o ministro da tutela "faria isso diretamente", através da "atualização" dos acordos.
"Não há nada como estar no terreno, como ouvir, para verificar que, três anos depois, isso ainda não aconteceu, o que dará, certamente, mais uma boa pergunta para um debate quinzenal", garantiu.
Na sessão, a presidente centrista criticou ainda PS e PSD sobre a forma como olham para as questões relacionadas com o Interior e a coesão nacional.
"Eu ouço muitos partidos falarem disto [Interior e coesão nacional], criou-se, aliás PS e PSD criaram um movimento dito independente, mas só tinha personalidades destes dois partidos (...), para pensarem no Interior, mas depois os próprios partidos não aproveitaram nenhuma das ideias, não apresentaram nada no parlamento", criticou.
Assunção Cristas prometeu "continuar" o trabalho e o "desafio" de desenvolver políticas que possam beneficiar o Interior e a coesão territorial, sublinhando que são matérias "extraordinariamente" importantes para os centristas.
"A questão do Interior, da coesão nacional, é extraordinariamente importante para nós e, por isso, ainda agora no último Orçamento do Estado - e desculpem a publicidade, mas tenho de o dizer - fomos o único partido que apresentou um verdadeiro estatuto de benefício fiscal", destacou.