"Nunca como hoje esteve tão em crise como está o Estado Social"
Paulo Rangel é o cabeça de lista social democrata às Europeias.
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Política Paulo Rangel
Há já algum tempo que a hipótese era dada como quase certa, mas esta quinta-feira tornou-se oficial: Paulo Rangel vai ser o cabeça-de-lista do PSD às eleições europeias deste ano.
O anúncio foi feito oficialmente por Rui Rio a partir da sede do partido, em Lisboa, tendo o eurodeputado discursado depois.
Paulo Rangel deixou recados internos e externos, bem como apelos à missão partidária, enaltecendo o sentido "realista" e a matriz "europeísta" do partido.
"Começo naturalmente por agradecer e aceitar a indicação da comissão política nacional do PSD, e em particular a do presidente do PSD. Faço-o de novo, depois de idêntica indicação em 2009 pela presidente Manuela Ferreira Leite, e em 2014 pelo presidente Passos Coelho, com plena consciência da enorme responsabilidade que o partido põe sobre os meus ombros", começou por dizer o agora candidato oficial.
"Sei que o desafio que o partido me propõe é árduo e é difícil. Mas ninguém se engane ou confunda: assumo-o com toda a determinação, com toda a confiança e com a absoluta consciência de que os cidadãos portugueses, e bem assim os militantes e digo todos os militantes do PSD - esperam de nós".
"A hora da Europa, e já agora do mundo, é uma hora difícil, marcada por grande imprevisibilidade e volatilidade. Nas horas difíceis, nas alturas de crise, incerteza, até de ameaça, não podemos iludir nem enganar, nem hesitar. Temos de estar do lado certo", afirmou.
"Por isso", acrescentou, "quando é fácil criticar e bater na Europa, ou fazer como alguns fazem agora por aí, sorrateiramente, como quem não quer a coisa, tomar distância e descolar da Europa, o PSD assume sem medos, sem complexos, mas também sem ingenuidades e falsas ilusões, a sua matriz pró-europeia".
"O PSD não corre atrás de modas nem de conveniências e apresenta-se a este ato eleitoral como sempre foi. Em duas palavras: um partido realista e europeísta", salientou. De seguida, Rangel 'abriu hostilidades', apontando críticas ao PS, que segundo o que tem sido veiculado nos mais diversos meios, deverá apontar o ministro do Planeamento e Infraestruturas, Pedro Marques, como seu cabeça-de-lista.
"A propósito da contestação social e da degradação acelerada, em verdadeira espiral, dos serviços públicos essenciais, o Governo responde invariavelmente que tem de cumprir as regras europeias. É verdade, não há dinheiro para tudo, há que fazer escolhas. Mas foi o Governo Costa que fez as suas escolhas, foi o PS que escolheu não investir no Serviço Nacional de Saúde, não investir na Proteção Civil, na segurança de pessoas e bens, não apostar na mobilidade, nos transportes, nas infraestruturas", referiu.
Para Paulo Rangel, "nunca como hoje esteve tão em crise como está o Estado Social", asseverou ainda.
A possibilidade de Pedro Marques vir a ser o escolhido pelo PS neste 'combate' eleitoral também não foi ignorada.
Sem nunca se referir ao nome do ministro do Planeamento, Pedro Marques, Rangel desafiou o primeiro-ministro António Costa a esclarecer se "o Governo está a utilizar recursos públicos e aproveitar um cargo ministerial para promover um candidato".
"Neste momento, subsiste a legítima suspeita de que houve o aproveitamento de um cargo ministerial para engendrar, lançar e promover um candidato", criticou, acrescentando: "Não nos compete fazer fé em especulações mediáticas, mas, diante do risco que temos tido, nos últimos dois meses um candidato disfarçado de ministro, e um ministro em campanha dissimulada, desafio o primeiro-ministro a fazer um esclarecimento", desafiou.
[Notícia atualizada às 18h45]
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