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PEV acusa Governo de ser "seguidista dos EUA"

O Partido Ecologista "Os Verdes" acusou hoje o Governo de ser seguidista dos Estados Unidos da América (EUA) na questão da Venezuela, fazendo um paralelo com a posição assumida aquando da guerra do Iraque.

PEV acusa Governo de ser "seguidista dos EUA"
Notícias ao Minuto

17:27 - 06/02/19 por Lusa

Política Venezuela

"Portugal tem sido, de facto, firme mas é em ser seguidista das posições dos Estados Unidos da América na cena internacional", começou por dizer a deputada Heloísa Apolónia no debate quinzenal que decorreu esta tarde no parlamento.

Para a deputada de Os Verdes, há determinadas situações que não devem ser esquecidas, como aquela "que foi a vergonhosa posição de Portugal relativamente ao Iraque, às ditas armas de destruição em massa que justificaram uma guerra em que morreram muitos inocentes".

"Não devemos esquecer-nos de como essa mentira grassou pelo mundo, e como está hoje o Iraque, porque estas lições também devem ser lembradas para não se cometerem erros idênticos", assinalou.

Heloísa Apolónia apontou então que "a Venezuela tem o mesmo mal", tem "a maior reserva de petróleo do mundo, é apetecível, e estas ingerências externas só têm uma efetiva consequência, lançar mais achas para a fogueira".

"E o senhor primeiro-ministro há de ter consciência de que, quando o Governo português também assumiu apoiar Guaidó, aquilo que fez foi dar força a posições agressivas, como as dos Trumps e dos Bolsonaros, foi isso que aconteceu. E agora veja se dorme também descansado, senhor primeiro-ministro", vincou a parlamentar do PEV.

Em resposta, o primeiro-ministro salientou não haver paralelo entre o executivo atual e "o Governo que governava Portugal aquando do tema da guerra do Iraque", e afirmou que a posição que teve na altura foi "aliás coincidente com a da senhora deputada sobre essa guerra, e sobre essa iniciativa".

António Costa defendeu que a posição de Portugal face à crise política na Venezuela, "concertada no quadro da União Europeia, distingue-se, aliás, da posição, quer dos Estados Unidos, quer de algumas afirmações de alguns responsáveis do Governo brasileiro".

A posição assumida pelo Governo, continuou Costa, "visa assegurar uma aproximação moderada, responsável, no estrito respeito do direito internacional, para assegurar o que é fundamental, que é o exercício livre, transparente, internacionalmente reconhecido, do direito democrático do povo venezuelano a escolher o seu futuro e a eleger um Presidente da República depois de umas eleições que criaram um vazio político".

"E é perante essa vacatura aquilo que reconhecemos, e como li há pouco, foi a legitimidade do presidente da Assembleia, enquanto Presidente interino, convocar e organizar essas eleições no prazo necessário para que o povo venezuelano se possa expressas em totais condições de liberdade e democracia", vincou o primeiro-ministro.

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