PEV quer fiscalização a mau cheiro em ETAR de Santa Maria da Feira
O Partido Ecológico Os Verdes (PEV) quer que o Governo fiscalize o funcionamento da Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) da Remolha, em Santa Maria da Feira, local onde, denunciou hoje, há "maus cheiros" desde o verão.
© Global Imagens
Política Ambiente
O grupo parlamentar do PEV questionou sobre o assunto o Ministério do Ambiente e da Transição Energética, alertando para "cheiros nauseabundos, insuportáveis para os residentes e para quem ali circula, prejudicando e degradando o ambiente e a sua qualidade de vida".
A situação já em setembro de 2018 motivou queixas da CDU na Assembleia Municipal da Feira, sendo essas motivadas não apenas pelo mal-estar provocado à população da freguesia de Espargo, mas também pelo facto de a ETAR fazer "várias descargas na ribeira da Remolha", que está inserida na bacia hidrográfica da Barrinha de Esmoriz e Lagoa de Paramos - massa de água que, por sua vez, integra a Rede Natura 2000.
Agora, a deputada Heloísa Apolónia alerta que "os episódios de maus cheiros têm sido sucessivos e insuportáveis, tendo a população feito chegar as suas queixas a várias entidades, promovendo igualmente um abaixo-assinado sobre este assunto".
Recordando que entre as explicações avançadas para o problema na Assembleia Municipal da Feira se incluía a de que os maus cheiros foram realçados pelas elevadas temperaturas do verão, a parlamentar afirma que, embora se esteja já no inverno, "os maus cheiros se têm vindo a repetir e a intensificar".
Por isso mesmo, a deputada do PEV defende ser "necessário encontrar uma solução definitiva para evitar a perpetuação da degradação da qualidade de vida da população que reside nas proximidades da ETAR".
Heloísa Apolónia quer que o Ministério do Ambiente averigue se a Agência Portuguesa do Ambiente tem monitorizado a atividade da estrutura gerida pela Águas do Centro Litoral S.A. e revele que medidas estão previstas "para atenuar e eliminar os odores nauseabundos que vêm prejudicando a população local.
Considerando que as águas da ETAR são encaminhadas para a ribeira da Remolha, o PEV quer também saber por que razão não foi previsto um tratamento terciário quando se construiu essa estrutura e por que motivo "não foi atendido até ao momento o pedido de incorporação de um filtro biológico para os gases que dela emanam, como sugeriram técnicos especialistas" para obviar parte dos inconvenientes relatados pela comunidade.
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