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"Fazer juízos morais sobre pais e mães fumadores é inadmissível"

Isabel Moreira apelida de “fascismo higiénico” a possibilidade de restringir ainda mais o consumo de tabaco em público.

"Fazer juízos morais sobre pais e mães fumadores é inadmissível"
Notícias ao Minuto

08:56 - 04/02/19 por Natacha Nunes Costa

Política Isabel Moreira

A deputada socialista Isabel Moreira criticou a posição do diretor do Programa Nacional para as Doenças Oncológicas, Nuno Miranda, que defendeu, em entrevista à agência Lusa, que a legislação do tabaco deve ser “mais restritiva” para diminuir os casos de cancro de pulmão, o mais mortal em Portugal.

Para a parlamentar, restringir ainda mais o consumo de tabaco em espaços públicos é cometer “fascismo higiénico” e isso “é inadmissível”.

“Fumar é um ato lícito. Mata? Sim. Deve haver restrições? Sim, quando afeta terceiros, é o que resulta da Constituição. E deve haver informação sobre os malefícios do tabaco. Agora normalizar comportamentos, fazer juízos morais sobre pais e mães fumadores ou dizer que a lei deve ser (ainda ?!) mais restritiva ao ponto de não se poder fumar em parques públicos é inadmissível”, refere Isabel Moreira, numa publicação partilhada, este domingo, na sua conta de Facebook.

Mas a socialista vai ainda mais longe. Diz que, uma legislação ainda mais restritiva em relação ao tabagismo, é um atentado à liberdade do ser humano

“Não se proíbe um comportamento para fazer de nós o cidadão exemplo. Para esse peditório deu muita literatura fascista do século XX. Acho ótimo que se faça todo o tipo de campanhas, que se informe, que se restrinja os direitos dos fumadores quando há terceiros envolvidos, mas não se esqueçam desta ‘coisinha’ de nome liberdade”, atira a deputada socialista.

Recorde-se que, esta segunda-feira, assinala-se o Dia Mundial da Luta contra o Cancro. Segundo estimativas da Agência Internacional para a Investigação do Cancro, da Organização Mundial de Saúde, o número de novos casos de cancro em Portugal, ultrapassará, este ano, os 58 mil. Já as mortes por doença oncológica devem chegar aos 29 mil casos até ao final de 2019, sendo que, cerca de 4 mil destes doentes foram diagnosticados com cancro do pulmão.

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