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"Temos obrigação de garantir" que vitória da esquerda não foi "parêntese"

O secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares afirmou na quinta-feira que existe "a obrigação de garantir" em 2019 que "a grande vitória da esquerda" não foi "um mero parêntese na história da democracia portuguesa".

"Temos obrigação de garantir" que vitória da esquerda não foi "parêntese"
Notícias ao Minuto

06:23 - 01/02/19 por Lusa

Política Pedro Nuno Santos

"Eu espero, sinceramente, e isso depende de todos nós, não é só dos dirigentes ou militantes do PS, do PCP, do Bloco ou do PEV, (...) que é preciso haver uma mudança que respeite a maioria do povo: temos a obrigação de garantir que essa experiência não foi um mero parêntese na história da democracia portuguesa", defendeu Pedro Nuno Santos.

"O pior que podia acontecer era nós chegarmos a 2019, e depois desta grande vitória [da esquerda] que foi 2015, revelássemos ao país que era apenas um parêntese na história da nossa democracia, esse é o meu maior receio", reforçou.

O governante, que falava no Porto, lembrou que em 2015 as esquerdas conseguiram acabar com a hegemonia das alianças que a direita tinha em Portugal, algo que têm obrigação de manter em 2019.

"Todos tinham e todos continuamos a ter em 2019 a obrigação de nos entendermos, de conseguir que a nossas diferenças se preservem, porque elas não são um sinal de fraqueza, são sim um sinal da força que a esquerda tem", afirmou, salientando que este ano termina esta "grande experiência" das esquerdas que pela primeira vez conseguiram "ultrapassar muros e trabalhar em conjunto".

Durante anos, refere Pedro Nuno Santos, "tentaram fazer os portugueses acreditar que não era possível viver melhor, mas, contrariamente ao que diziam, o Governo conseguiu provar, nestes três anos, que não só os portugueses têm o direito de viver melhor, como é mesmo possível viver melhor em Portugal".

O secretário de estados dos Assuntos Parlamentares admitiu que a situação de Portugal no contexto europeu é particular, face à proliferação dos partidos de extrema direita, já a que a nível nacional a esquerda continua à frente nas sondagens.

Ainda assim, considera, é tempo é de avançar como uma "ofensiva".

"Chegámos ao ponto limite em que a extrema direita está a avançar e há muita esquerda que não percebeu patavina do que está a acontecer", sublinhou, defendendo que é necessário esta situação de exceção em Portugal, por forma a evitar uma reversão.

O governante falava no jantar comemorativo do 31 de janeiro de 1891 organizado pela 'Porto com Norte - Fórum de Cidadania' naquela cidade, no qual também participou o 'Capitão de Abril', o general Pedro Pezarat Correia, que defendeu que o fenómeno do populismo que está a proliferar na Europa também já chegou a Portugal.

"O populismo já está aqui", afirmou Pezarat Correia, referindo-se ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

"Confesso que me senti incomodado quando o Presidente deixou em aberto que poderia vetar a nova lei de Bases da Saúde se apenas for aprovada à esquerda, quando ele sabe que a atual lei de bases foi aprovada apenas por uma maioria de direita", acrescentou.

A Revolta de 31 de janeiro de 1891 foi o primeiro movimento revolucionário que teve por objetivo a implantação do regime republicano em Portugal. A revolta teve lugar na cidade do Porto.

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