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Marcelo avisou que Lei de Bases da Saúde pode durar pouco. Recado?

A coordenadora bloquista, Catarina Martins, considerou esta terça-feira que o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, deixou o aviso que se a nova Lei de Bases da Saúde afrontar o poder económico do negócio privado "pode durar pouco tempo".

Marcelo avisou que Lei de Bases da Saúde pode durar pouco. Recado?
Notícias ao Minuto

18:34 - 29/01/19 por Lusa

Política Catarina Martins

Numa intervenção no final de um almoço promovido pela Associação 25 de Abril, em Lisboa, um dos temas abordado por Catarina Martins foi a nova Lei de Bases da Saúde, atualmente na comissão da especialidade do parlamento.

Em entrevista à agência Lusa na semana passada, o Presidente da República rejeitou uma Lei de Bases da Saúde "fixista" e que represente "o triunfo de uma conjuntura", seja de quatro ou oito anos, contrapondo que esta deve ser "uma lei de regime".

Traduzindo as palavras de Marcelo de Rebelo de Sousa, Catarina Martins afirmou que o chefe de Estado defendeu que "a lei de bases só é uma lei de bases que possa durar no tempo se tiver PSD e PS", mas a líder do BE chamou a atenção que lei atual "dura há quase 30 anos e foi só aprovada por PSD e CDS".

"Então de que fala o senhor Presidente da República quando diz que uma lei de bases que fosse aprovada só por PS, Bloco de Esquerda, Partido Comunista Português não seria uma lei de bases suficientemente sólida para aguentar no tempo?", questionou, apontando, em seguida, "o poder económico" como resposta.

O que o Presidente da República está a dizer, referiu, é que se for feita "uma Lei de Bases da Saúde que afronta o poder económico do negócio privado da saúde ela pode durar pouco tempo".

"Este é precisamente o momento das escolhas e que outro sítio que não aqui, Associação 25 de Abril, para pensarmos na importância dessas escolhas, que a democracia, enquanto soberania popular, só o é se o poder político puder fazer escolhas, mandatado pelo povo e em nome do povo, independentemente do que o poder económico do momento quiser, ou não seremos democracia", avisou.

Para a coordenadora do BE, sobre a Lei de Bases da Saúde, a escolha é entre salvar o Serviço Nacional de Saúde e ter "a coragem de afrontar o negócio privado da saúde" ou deixar que o parlamento "fique manietado pelo poder económico" e faça "uma lei de bases da saúde que corresponda aos interesses do gigantesco negócio privado da doença".

"Nós pela nossa parte escolhemos a saúde", assegurou.

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