"Não há entendimento com a Aliança após declarações de Santana Lopes"
André Ventura demarca-se das declarações de Pedro Santana Lopes proferidas, na segunda-feira, no Bairro da Jamaica, deixando antever dificuldades de entendimento pós-eleitoral à Direita perante a posição assumida pelo partido Aliança.
© Global Imagens
Política André Ventura
A última semana ficou marcada pelos confrontos entre polícias e moradores do Bairro da Jamaica, no Seixal, e posteriores manifestação e atos de vandalismo com caixotes do lixo e carros incendiados.
Muitas foram as pessoas que teceram comentários a este respeito, inclusivamente pessoas do quadrante político. Nesta senda, e face aos últimos acontecimentos, Pedro Santana Lopes visitou, na segunda-feira, o Bairro da Jamaica, tendo ficado chocado com o que encontrou.
"Se eu morasse aqui, também me sentiria revoltado, também não estaria integrado de certeza absoluta, também me sentiria excluído", disse o antigo primeiro-ministro em declarações aos jornalistas.
Nesta senda, o fundador do movimento CHEGA – que aguarda decisão do Tribunal Constitucional para ser oficialmente um partido – considera que “não há hipótese de entendimento com a Aliança” após as declarações de Santana Lopes.
Em declarações ao Notícias ao Minuto, o ex-social-democrata lembra que apoiou o também ex-companheiro de partido na “luta contra a alienação ideológica do PSD”. No entanto, sublinha, “não é possível sustentar este populismo barato da Aliança quando vem desculpar, no fundo, as atitudes de bandos de criminosos e desordeiros com as condições de vida que lhes são impostas naquele bairro”.
Para André Ventura “colocar-se ao lado daqueles que atacam polícias e incendeiam caixotes do lixo e autocarros é impensável para o CHEGA” e, “se esse é o caminho que a Aliança pretende seguir, então está definitivamente comprometida qualquer hipótese de entendimento com o CHEGA”.
“Pode ficar comprometido qualquer entendimento à Direita em cenário pós eleitoral”, garante o professor de Direito, sublinhando ainda: “Não daremos a mão a nenhum partido ou Governo que não esteja incondicionalmente ao lado das nossas polícias e das nossas forcas de segurança”.
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