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Costa hoje no Chipre para visita e cimeira dos países da Europa do Sul

O primeiro-ministro realiza hoje uma visita oficial a Chipre, participando, na parte da tarde, ainda em Nicósia, numa cimeira dos países do sul da União Europeia, tendo como temas centrais as migrações e a reforma do euro.

Costa hoje no Chipre para visita e cimeira dos países da Europa do Sul
Notícias ao Minuto

06:38 - 29/01/19 por Lusa

Política Primeiro-ministro

António Costa é recebido ao início da manhã pelo Presidente da República do Chipre, Nicos Anastasiades - encontro que terá a duração de uma hora, seguindo-se declarações aos jornalistas.

Após a reunião com Nicos Anastasiades - que, pelo sistema constitucional presidencialista cipriota, também chefia o Governo do seu país -, o líder do executivo português terá ainda um encontro com o presidente do parlamento do Chipre, Demetris Syllouris.

Portugal e Chipre estão neste momento a negociar três acordos: um sobre proteção mútua de informação classificada; outro em torno de um programa de cooperação cultural; e um terceiro - considerado o mais importante - de cooperação ao nível dos fluxos migratórios com incidência específica no Chipre.

Na reunião de hoje, além do acordo com a Turquia para a regulação dos fluxos migratórios no Mediterrâneo Oriental, o primeiro-ministro e o chefe de Estado cipriota deverão analisar temas como o financiamento da cooperação com países terceiros, a reforma do Sistema Europeu Comum de Asilo (SECA), bem como a conclusão da reforma da FRONTEX (Agência Europeia de Guarda de Fronteiras e Costeira).

Na parte da tarde, ainda em Nicósia, António Costa participa na V Cimeira dos Países do Sul da União Europeia, na qual estarão presentes, além do anfitrião cipriota, Nicos Anatasiades, os chefes de Estado e de Governo da França (Emmanuel Macron), Itália (Giuseppe Conte), Grécia (Alexis Tsipras) e Malta (Joseph Muscat). A Espanha far-se-á representar pelo seu ministro das Relações Exteriores, Josep Borrell Fontelles.

Numa agenda em que a questão das migrações estará novamente no centro do debate, espera-se, no entanto, que nesta cimeira se proceda também à análise do processo de saída do Reino Unido da União Europeia, assim como à reforma da União Económica e Monetária (UEM).

Em sucessivas declarações públicas, António Costa tem defendido a realização destas cimeiras anuais entre países do sul, considerando que junta Estados-membros com "muitas afinidades", que serve para unir mais a União Europeia e não para a dividir com a formação de um qualquer bloco político de caráter regional.

Em relação ao futuro da Europa, o primeiro-ministro coloca como prioridades máximas a conclusão da reforma da UEM e de "um acordo capaz de dotar a União de recursos à medida das suas responsabilidades e desafios".

Neste plano, António Costa tem sustentado que os principais desafios enfrentados pela União Europeia - como as alterações climáticas, a instabilidade na fronteira externa, o terrorismo, a transição digital ou as migrações - requerem meios e uma ação conjunta por parte dos Estados-membros da União Europeia.

Esta V Cimeira dos Países da Europa do Sul ocorre a menos de quatro meses das eleições para o Parlamento Europeu, as quais deverão alterar de forma significativa a composição das principais instituições europeias.

Neste ponto, o primeiro-ministro português tem alertado para os riscos de uma fragmentação política do Parlamento Europeu - um novo panorama político que, por sua vez, poderá conduzir a um impasse na formação da próxima Comissão Europeia.

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