Recandidatura de Marcelo? "Quem apoiou à primeira, apoiará à segunda"
A líder do CDS visitou uma empresa de têxteis, em Braga, e o que ouviu foi "alguma inquietude" face a um conjunto de circunstâncias externas e internas. Sobre outros assuntos, Assunção Cristas não se quis alongar.
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Política Assunção Cristas
A centrista Assunção Cristas não quis comentar a possibilidade deixada no ar de o Presidente da República se recandidatar para um novo mandato e lembrou que primeiro “as pessoas apresentam-se” e só depois é que “os restantes dizem se apoiam ou não”.
Mas, no que toca ao CDS, garantiu: “Cá estaremos”. “O que posso dizer é que quem apoiou à primeira, apoiará à segunda”, atirou ainda, no final de uma visita a uma empresa de têxteis em Guimarães, por ocasião das jornadas parlamentares do CDS.
Sobre a visita propriamente dita, a líder do partido afirmou que aquela é uma empresa “que se dedica a puxar pela nossa economia, a puxar pelas exportações, com mais de 800 trabalhadores”. E aquilo que Cristas ouviu foi “alguma inquietude em relação a um conjunto de circunstâncias externas e também internas que podem de alguma forma vir a prejudicar o setor”.
“É verdade que ainda estão bem e querem continuar a estar bem, mas o que sinalizam é que exportam muito para a Europa e para os Estados Unidos”, vincou. Do lado da Europa, prosseguiu a centrista, “veem alguma incerteza no que diz respeito à consolidação do crescimento económico”, do lado dos EUA, surgem políticas “que ameaçam um bocadinho”.
Nesta senda, Cristas criticou o Governo por não estar a apoiar esta e outras empresas do país de modo a garantir que eventuais choques externos não venham a afetar este tecido empresarial. O que “é lamentável”, apontou, recordando que “o CDS há muito tempo que vem sinalizando isto”.
"Há sinais de abrandamento da economia" a nível europeu e mundial e "nós não vemos o Governo com nenhuma política dirigida para garantir e estimular o crescimento económico", destacou a líder do CDS.
Questionada sobre outros assuntos, nomeadamente sobre a visita de Pedro Santana Lopes ao Bairro da Jamaica, no Seixal, Cristas não quis debruçar-se sobre o tema, remetendo para terça-feira o assunto segurança. “Agora estamos a falar de economia, e sem uma economia a funcionar também não temos meios para garantir que todas as funções do Estado, e naturalmente aquelas que são mais nucleares como é o caso da segurança, são efetivamente prosseguidas”, declarou.
Sobre o arranque da fase de instrução do processo Operação Marquês, Cristas limitou-se a dizer: “A justiça que faça o seu trabalho”.
Por fim, interrogada sobre as Jornadas Mundiais da Juventude, que se vão realizar em Portugal em 2022, a líder do CDS afirmou ser uma “excelente notícia para todos”. “Enquanto católica, fico particularmente feliz”, sublinhou.
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