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CDS elogia o "espírito combativo" de José Arruda e lamenta a sua morte

O deputado do CDS-PP João Rebelo lamentou hoje a morte do presidente da direção nacional da Associação dos Deficientes das Forças Armadas (ADFA), José Arruda, elogiando-o pelo seu "espírito combativo" e pela "postura isenta e independente".

CDS elogia o "espírito combativo" de José Arruda e lamenta a sua morte
Notícias ao Minuto

15:59 - 27/01/19 por Lusa

Política João Rebelo

"Foi com muita tristeza que eu tive conhecimento do falecimento do comendador Arruda. Tinha falado com ele na quinta-feira, por causa de um projeto que nós apresentámos no parlamento por causa das viúvas dos deficientes das Forças Armadas, ele estava muito bem", declarou João Rebelo à agência Lusa.

O deputado, que é membro da Comissão de Defesa Nacional da Assembleia da República, considerou que José Arruda "tem sido a alma do projeto dos deficientes das Forças Armadas e da sua inclusão, com um espírito combativo de nunca desistir e estar sempre atuante, uma força de vontade e força de viver".

"É uma perda muito importante", lamentou.

João Rebelo referiu que José Arruda "lutou a vida toda, não baixou os braços, pelas pessoas com deficiência", tendo sido também presidente da Associação dos Cegos e Amblíopes de Portugal.

O deputado do CDS-PP enalteceu a "postura isenta e independente" do presidente da ADFA, considerando que soube "lidar com todos os partidos e governos de várias cores", o que "permitiu que esta causa fosse sempre vista como a causa de todos, e não só de alguns nichos", e que "tinha uma excelente relação com o parlamento".

"Essa forma de ver longe também garantiu sempre muito consenso na vida política", reforçou.

Para João Rebelo, esta "é uma perda também de um amigo", com quem trabalhou "muitas vezes, em muitos projetos".

"Vamos ter muitas saudades", disse.

O presidente da ADFA, José Arruda, morreu no sábado no Hospital da Cruz Vermelha, em Lisboa, anunciou esta estrutura associativa.

Em comunicado, a associação expressou "enorme mágoa e profunda consternação" pelo seu "falecimento inesperado".

"Sublinhamos e homenageamos o homem de Abril, que viveu na plenitude os valores da democracia, em liberdade e solidariedade", lê-se no comunicado.

José Arruda nasceu em Moçambique em 10 de março de 1949, e desenvolveu uma carreira de atleta até integrar o serviço militar obrigatório. Foi ferido, em 1971, durante a guerra colonial, "acidente do qual resultou a cegueira e a amputação do membro superior esquerdo".

Em 1973, durante a permanência no Hospital Militar Principal, participou no movimento de apoio à criação do estatuto do deficiente das Forças Armadas, tendo posteriormente, em 1974, participado na primeira assembleia geral da recém-criada ADFA, após o 25 de Abril.

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